segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Jornalismo Mack, 2008... vamos ao 2009!

É caras, estamos quase completando um ano, pode parecer pouco considerando que temos mais três anos a nossa frente, somente nos esperando, com muitas provas, trabalhos, discussões, grupos de estudo... Mas muito mais do que isso, com muita alegria, muita festa, churrasco, animação e união.

Eu sei, isso vindo de mim é um pouco inesperado, eu sei também que poucos lerão isso realmente, pois vão pensar que é só um post num blog cheio de histórias para contar e pouco sobre a própria autora que vos fala. Mas vou contar, tudo que lêem aqui, são partes de minha vida, são coisas que presenciei, fiz e sofri, coisas que me alegrei e agradeci ao meu avô por ter vivido, ou pelo menos pedi proteção a ele por agüentar todas as barras que já me aconteceram, foram poucas, eu sei disso, mas... Foram suficiente para tornar uma garota sem muita coisa na cabeça em alguém que ama o que faz e o que tem.

É por isso que escolhi esse espaço para agradecer, agradecer a vocês, que me aturaram dois semestres de faculdade, mesmo havendo tantos pela frente. Porque são vocês que fazem parte agora de minha vida, são vocês que eu tenho o prazer de olhar todos os dias, sorrir e cumprimentar, de agradecer por não ter passado na Cásper para poder presenciar momentos legais com vocês.

Alguns mal tive contato, alguns fazem já parte de minha vida, mas todos são fundamentais, todos foram essenciais, foram perfeitos e alegres. Eu tenho prazer de dizer que esse ano foi um dos melhores anos de minha vida, ta certo que só tenho 18 anos para dizer já qual foi o melhor, mas a gente sabe, a gente sabe no fundo do coração o que nos fez feliz, quais momentos nos fizeram sorrir, e eu lhes digo... Quase todos esses momentos foram próximos a vocês.

Estou escrevendo isso nos 25 anos de aniversário de casamento de meus pais, o que significa que ainda é dia 24 de Novembro, porém é por essa data mesmo que pretendi falar essas palavras, porque é vendo como eles são felizes juntos que eu levo isso para minha vida, essa união, esse companheirismo e amor, coisas que não só casais podem presenciar, mas como todos que possuem um pouco de amor dentro de seus corações, podem falar em voz alta que estão felizes por estarem juntos.

Eu não quero citar nomes, mas há pessoas fundamentais, desculpa... Mas, eu queria falar isso de um jeito ou de outro. Ô cabeção! Ô pessoa que me espanca todos os dias da minha faculdade? Sabe, você? Aquele cara que eu já falei que pra mim, hoje em dia, é que nem irmão? Sim, Lib, você mesmo... Agradeço sua amizade, agradeço todos os momentos que você simplesmente me abraçou por ser um bom amigo e agradeço por estar perto sempre, mesmo que seja para falar bobagens sobre como estamos com fome e comeríamos duas pizzas inteiras nesse momento. Você foi importante e eu queria te dizer isso, eu te adoro cara, te adoro pelo o que você é e pelo o que você vai ser mais para frente, um belo jornalista, profissional, inteligente e trabalhador.

Eu poderia falar de todos, por acaso, eu estava fazendo isso, mas são tantos! Imagina falar de mais 59 pessoas num só comentário em um blog? Seria muita coisa, mas o que eu queria realmente dizer é que eu admiro todos vocês, pelo o que são, Dome, Dani, Fani, Manda, Gabi, Fabigol, Acosta, Gui, L. Gui, Caboclo, Cecí, Rê, Lari, Luri, Ari, Matheus, Ana, Edu, Honda, Zeit, Gus, Vitão, Lu, Paula, Li, Camis... Enfim, todos...

Mesmo sendo uma emo anti-social, eu respeito todos, adoro a todos e tenho certeza que essa classe inteira se tornará a melhor classe de Jornalismo que o Mackenzie já viu, com profissionais, homens e mulheres de família, ou feministas que nem eu (minoria, eu sei), inteligentes, bem informados (tirando o Caboclo), amigos e sempre... Não importa o que, SEMPRE UNIDOS!

Agradeço pela última vez nesse post o momento que tive com todos, a amizade e o companheirismo, as festas e os barzinhos de sexta.

Vou postar isso agora, mesmo ainda em semana de prova, senão fico ansiosa e leio e releio mil vezes para ver se posso colocar mais coisa.

Obrigada por terem feito o meu ano, um ano incrível!

Beijos e abraços,

Da Autora.

Juliana A. M. Monteiro.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

O Samba

40ª postagem! Que honra, hem? Pois então, parece que minha criatividade ultimamente está ao meu favor! Semana estressante, considerando que eu naturalmente sou estressada, não aguentava mais. Enfim, hoje pelo menos melhorou, fim de problemas, ou melhor, parte deles!

O que importa é que graças a isso tive a sorte de ter a idéia de criar outro conto, graças a bateria da faculdade e ao momento que eu desisti de minhas havaianas para sambar livremente na porta de minha faculdade (nunca fui uma pessoa normal).

Espero que gostem do conto, algo fictício porém real.

Beijos e abraços.

Da Autora.


- O samba -

O som da bateria invadia a rua, deixava aqueles batuques, toques e sons diferentes fluírem por todas as casas, prédios e lojas. Ela passava pela rua e buscava da onde vinha o som tão delicioso, que fazia seu coração batucar na mesma intensidade que a bateria daquela escola.

Parou no meio da rua, com suas havaianas e seu vestido curto, olhou em volta e encontrou aquelas pessoas coloridas, batendo em seus tambores, pandeiros e qualquer coisa que pudesse formar um som intenso. Pouco a pouco foi se aproximando, largando um pé de sua havaiana marrom, logo após o outro, deixou suas coisas perto de um prédio, todas as sacolas, bolsas e objetos.

Em pouco tempo estava em volta dos homens alegres, ela não os conhecia, eles também não, no entanto a música não procura conhecidos, ela procura amantes. A mulher começou a seguir o ritmo da música, mesmo que não soubesse os paços do samba, mesmo que em toda sua vida ela tivesse escutado as batidas fortes de um rock n' roll pouco respeitado. Ela se deixou levar.

Seus pés iam por todos os lados, seguindo o ritmo, amando o batuque, ela fechava seus olhos castanhos, soltava seus cabelos e balançava os braços, rapidamente aprendeu a facilidade do samba, seu coração conhecia as notas, os paços, sabia onde devia seguir, como devia seguir, seus pés lhe ensinaram a sambar.

Um homem que tocava o tambor a olhou, um sorriso branco no rosto lhe cativou, ela finalmente abriu os olhos e encontrou o homem lhe observando, este lhe pediu para se aproximar mais.

"Por que está descalça?" ele lhe perguntou em um grito, como o barulho impedia uma comunicação silenciosa. "Porque meus pés pediram liberdade, queriam sentir o chão e poder se mover sozinhos", ela lhe respondeu rindo livremente. O homem sorriu achando graça do modo estranho da mulher se comunicar, como se seus pés tivessem vida própria. Logo após tirou o grande tambor de si e entregou para a mulher, "se seus pés lhe obedecem, veja se suas mãos, braços e dedos fazem o mesmo".

Ela se espantou, achando difícil de conseguir aquele feito, mesmo assim aceitou, colocou em seu ombro o apoio do tambor, se ajeitou direito e escutou a música, seu coração batucava, tocava e sentia, seus pés ficaram quietos, ajudando a moça a se concentrar somente em seus toques, em seus dedos e mãos.

O homem ficou surpreso quando a viu seguir a música, tocando perfeitamente, entendendo os batuques, entendendo os gritos e apitos, ela, sem querer, havia se tornado parte daquela bateria.

Ainda tanto sem propósito, ela sentia que seu corpo, mente e alma, amavam aquilo. Não amavam exatamente o samba, mas amavam a música, amavam o sentido que esta lhe dava, o toque suave ou o toque barulhento, o som calmo, o som movimentado. Pouco importava, o que era de importância era que sua vida estava sendo vivida naquele instante, como um sentido sem sentido, como um amor sem significado. Algo puro, algo eterno.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Poemas

Por incrivel que pareça, escrevi poemas... Isso mesmo, POEMAS... O que é engraçado, considerando que só os escrevo quando estou sentimentalmente abalada, dessa vez é a falta de abalo.

Liguei o Foda-se em vidas amorosas, liguei o "hell yeah" para baladas, festas e curtição. Vamos ser adolescentes, finalmente.

Um é um poema erótico? Hum, foi o que falaram, eu não achei, achei ele muito suave, foi mais... sensual, diria. Ou até menos.

O outro é uma crítica não crítica, é só pra vocês pensarem mais nos atos antes de fazê-los e repararem que arrependimentos não fazem história, nem sua vida.

Yeah, é isso, beijos e abraços.

Da Autora.

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- A conquista -

Uma conquista
A base de tudo.
Se os lábios tão perto do rosto.

É o cheiro...
Mas o cheiro não suporta,
É a vontade.

Uma escorregada,
Uma chama
Uma pequena aproximação
É o desejo.

Um deslise de mão,
Um perfume no ar,
Um corpo colado,
Uma vontade de se amar.
Conquista,
O beijo dado e os passos mais parados,
Atrapalhados...
Uma parede e uma prensada.

Respiração aflita,
Empurra, empurra!
Toques fortes
Beijo sufocado.

É uma finalidade,
Cama, parede, armário...
Banheiro, chuveiro, pia.
Qualquer lugar!

Beijos, toques, apertos,
arranhões, mordidas.
Arranca aqui, tira ali.

Camisa, calça, cueca
Blusa, saia, calcinha
Nada, nisso não precisa de nada.

Animação, aflição, desespero.
"pelo amor de Deus, VAI!"
Desse jeito não é um pedido,
Ordem.

Movimento, suor, gemidos.
Gritos, gritos, gritos!
Suspiros, pedidos, exigências.
Conquista foi.
Conquista vai.
vai... Vai e vem, entra e sai, arranha e aperta.

Foi, grito novamente.
Gemido mais intenso.
"AI!", culpa do arranhão mais forte.
Vergão, arquear costas, beijos sedentos.
Seios fartos, lambidas, mordidas.

Cair, deitar, respirar.
Sorrir, sentir, relaxar.
É o desejo, é a conquista, é o cheiro.

Finalidade, fim.


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- Sem título -

Se eu fosse voltar atrás em decisões,
Faria tudo diferente.

Nunca teria posto um cigarro na boca,
Muito menos uma gota de álcool,
Teria lido mais, beijado menos.
Teria visto mais filmes em preto e branco,
Menos violência desnecessária.

Teria ido a igreja todo domingo,
Rezado Pai Nosso e Ave Maria.
Teria me guardado para o futuro.
Casado virgem!

Teria lido um pouco menos filosofia,
Um pouco mais romances.
Teria feito direito, ou medicina.
Quem sabe farmácia, enfermagem.
Engenharia... Alguma coisa que dizem "você estudou".

Não teria gostado de escrever,
É uma perda de tempo.
Teria jogado fora a velha máquina de escrever de meu avô.
A única função que possui é para o museu.

Não teria freqüentado museus,
Não teria ido a peças de teatro,
Musicais, dramas, comédias.
Nunca usaria mini-saia,
Calça justa, regata com a barriga de fora.

Mas também não usaria calças largas,
Camisas de heavy metal, tênis surrado.
Usaria sempre uma saia abaixo do joelho - marrom.
Uma blusa que não tivesse decote.

Sempre um sorriso meigo no rosto.
Ah! Nunca, mas jamais usaria sarcasmo.
Não teria mais ironia, piadas maldosas.
Risadas sacanas, gírias malandras.

Claro que nada disso teria feito,
Uma coisa sim eu teria.
Nunca deixaria meu corpo influenciar.
Nunca meus hábitos se tornariam visão para outros.
Nunca ia querer ver meus erros do passado no futuro alheio.

Originalidade
Erro
Conseqüência

Foi o meu caminho.

domingo, 5 de outubro de 2008

Verdadeiro Amor

Olá a todos, sem comentários a respeito do próximo texto, não há nada que eu precise dizer a respeito. Somente leiam.

Beijos e Abraços,

Da Autora.


PS: você foi minha maior inspiração, estarei SEMPRE com você, escute seu coração e você me escutará.

Te amo, meu único e verdadeiro amor, eu conheço a felicidade, eu simplesmente não pude experimentá-la.
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-‘O homem mais feliz do mundo é o que encontra seu verdadeiro amor'

Por infelicidade do destino, por falta de escolhas e por outros muitos motivos que se tornam em pedras gigantes em nossos caminhos, não é sempre que o verdadeiro amor pode ser consumado, o que se pode entender é que, mesmo sem ser tocado, ele foi sentido e apreciado, feito para qualquer momento e guardado, para não se tornar gasto.

Um verdadeiro amor que resiste ao tempo, à distância e aos preconceitos. Porém, de qualquer modo, o verdadeiro amor não pode ser tomado. Não há arrependimentos, simplesmente os dados foram lançados, a sorte escolhe o caminho e ela não escolheu o que lhe daria felicidade.

‘Substituir um sofrimento em longa escala em um sofrimento de curta escala’, esse foi o real motivo, um amor verdadeiro não pode ser destruído, muito menos se tornar fraco, por isso se faz sacrifícios que talvez se tornem um dos maiores arrependimentos de uma vida para simplesmente manter o que era divino em seu patamar junto às estrelas.

Um céu que lhe chama e lhe beija com seus lábios de mel, a lua canta sua canção e lhe hipnotiza com sua voz aveludada. As estrelas lhe sorriem e iluminam seu caminho. Porque um dia, mesmo que ele se torne sua eternidade, um dia você será feliz e quando esse dia chegar, será o dia em que você reencontrará seu verdadeiro amor.

Por enquanto, desistir de sua felicidade fora sua escolha mais divina e recíproca. Desistir de algo para dar paz a alguém, esse é o verdadeiro motivo de um amor eterno. É junto ao real e ao verdadeiro que se encontram um sentimento.

Eu lhe amei e lhe amarei, até que a morte destrua a alegria de meu coração, apague a luz de meus olhos e me torne surda para as canções. Até que a eternidade descubra seu fim.

Um dia, que Ele escolha à hora certa, um dia lhe verei, lhe olharei nos olhos e sorrirei, para sempre. Tocar-lhe-ei a pele e sentirei o gosto adocicado do amor em seus lábios. Enquanto isso, a vida será minha única escolha, os caminhos que me forem postos serão o que eu irei seguir, sem praguejar por uma vida de deixei de viver.

O tempo será meu senhor e eu serei seu escravo.


sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Orgasmo Pessoal

Acabei de reparar que fiz um ano de blog e mal fiz uma comemoração! Mas sinceramente, para que comemorações? Nessa bosta ninguém entra, se tornou mais um maldito diário do que realmente um blog. Mas eu acho que nunca me importei com isso, no final das contas, eu tinha certeza que isso de qualquer modo ia acontecer.

Vou dar algumas palavras, senta ai e tenha paciência, se você um dia seguiu esse espaço e já leu textos meus com mais de 4 páginas, não vai ser essa bostinha aqui que vai lhe cansar.

Hoje dei uma de louca, tava vendo um vídeo da atriz que faz aquele “tapa na pantera” e fiquei me imaginando se eu conseguisse ser uma escritora de verdade, não que eu não seja, mas essa maldita sociedade de bosta tem a mania de considerar escritor só aquele cara que consegue publicar um livro e vender algumas cópias. Se é assim as coisas são, eu não sou mais do que uma filósofa de botequim! Lembrei agora do comercial da Sprite, mas essa é outra história que não tem nada a ver com essa aqui.

Bom, que eu sou esquizofrênica, ninguém mais duvida, desta vez até me superei, ou não. Fiquei durante vinte minutos me olhando no espelho e falando de como eu me tornei uma escritora, fala sério, se qualquer pessoa me pegasse fazendo isso começaria a rachar de rir e só pararia quando eu estivesse surda com a risada do filho da puta. Mas foi quase lá, minha mãe me abre a porta, não... Eu não a chamei de filha da puta agora, foi só uma expressão vulgar utilizada para descrever um personagem fictício que teria tirado uma com a minha cara.

Enfim, minha mãe entrou, me olhou e na hora disse, “qual é a arte que você tava fazendo agora?”, vide que a “arte” tem um sentido de “o que você está aprontando”, é... bem, cada mãe tem seu jeito estranho de falar, um dia você se acostuma com a sua. Eu meio que a olhei e fiquei sem reação, depois que ela saiu, eu me fiz a mesma pergunta, “o que eu tava fazendo, caralho?”.

Ah, mínima idéia! Eu simplesmente quis sair um pouco do mundo, e ai eu reparei, é esse o maldito motivo pelo qual eu escrevo, entende? Eu quero sair dessa bosta toda! O mundo é tão filho da puta, mas tão filho da puta, que pelo menos nas minhas imaginações ele pode ser um pouco MENOS filho da puta.

Mas no final nunca consigo, se você, inútil leitor, desse uma lida por aqui, você ia reparar que tudo que eu falo é meio negativo, ou melhor... real de mais, eu falo tanto sobre a realidade que meu mundo de ficção ficou esquecido. Mas que se foda, a minha realidade continua sendo mais legal que a realidade-realidade.

Principalmente porque a realidade-realidade existem pessoas e, nossa! Como vocês me irritam! Não, nada pessoal (rah!), ou quase lá... É que tem tanto babaca no mundo que se eu tivesse uma arma comigo, eu mandaria bala pra todo mundo e que se fodesse o mundo, sempre tive vontade de dar uma de psicopata, não é de se estranhar que a minha primeira personagem que criei em minha vida era uma assassina de aluguel, psicopata. Vocês às vezes são insuportáveis, ou melhor, são as poucas vezes que vocês NÃO são insuportáveis.

Excluir-me num mundo digital, ou em qualquer folha de papel que me aparecer pela frente é bem mais fácil do que tentar ter uma conversa “cabeça” com alguém. As pessoas não se respeitam e me fazem perder a paciência, que já não é muito grande, elas acabam tirando qualquer principio que eu posso ter. Já não acredito mais em liberdade, verdade, justiça, qualquer porra que a gente aprende desde pequeno que existe, pra mim é tudo falsidade desde que comecei a conviver em sociedade.

E qual seria realmente o motivo das coisas nesse momento? Porra, eu amo o que faço, isso já é um bom motivo, mas de resto? Só respeito. Vocês são um bando de bostas e sabem disso. Eu sou uma bosta porque no final não deixo de ser um de vocês. Saca só a vida mais inútil que levamos:

Nascemos, crescemos, nossos pais nos sustentam, estudamos para podermos trabalhar, trabalhamos, temos filhos, os criamos, os educamos para que possam ter um futuro, quando eles formam seus próprios futuros, ai resolvemos morrer e deixar alguma grana de herança pra eles. Ah, puta que pariu! E cadê aquele lance de mudar o mundo?

Pau no cu de quem um dia inventou essa de histórias falsas de que “você pode mudar o mundo”, o máximo de mundo que você pode mudar é o seu próprio pra no final ser pisoteado por um bando de merda.

Porra,a gora perdi o fio da meada, fui reler o que tinha escrito e perdi o ritmo, só porque parecia que ia matar o teclado de tanto digitar. Eu tava falando de como somos inúteis, certo? Se algum de vocês me vier com essa porra de hipocrisia pra cima de mim, leva facada, porque outra coisa que não suporto (da minha lista enorme de coisas que não suporto), hipocrisia.

E olha, hipocrisia vai desde você falar que “como os animais sofrer e como a fome na África é triste” e sair pra comer McDonalds até não assumir que nossa vida, como diria o grande Bossa, é uma “puta vida injusta, meu”.

Mas dane-se, se justiça não existe, o “in” também não deve existir. O que existe é só um conjunto de filhos da puta reunidos que decidem nossas vidas para melhorar a deles. Acabei de estudar pra ética, e to com aqueles papos de Maquiavel na cabeça, o príncipe que só quer tudo pra ele e “vamos foder o mundo pra meu prazer”. Ou aquela de “servidão voluntária”.

Agora tava pensando, eu não acredito mais em nada, eu devo ser ateia e nem sei disso. Uma ateia social, não religiosa. Não que eu acredite nessa coisa de Deus e Jesus Cristo, pra mim Jesus no máximo era um revolucionário que, como todo revolucionário, se fodeu no final por ter tentando colocar um pouco de justiça aqui. Deve ter sido ele a pessoa a inventar essa palavra, sei lá.

Mas eu sou ateia de princípios, bicho... Não acredito mais em nada e não sou mais nada por pura escolha. Eu faço minha própria vida e tento não me foder. Eu pelo menos ainda faço coisas que me dão prazer, tipo essa bosta que to fazendo agora pra no final não falar porra nenhuma.

Eu ainda tenho tesão por escrever, ler, escutar música, cultura, transar, fumar, beber, desenhar, conversar com pessoas inúteis e pensar “porra, como você é inútil”, ser sarcástica e fazer piadas propositais para todo mundo falar “Nossa, Ju. Essa foi pesada, não é algo que se diga”, ah duh! Se fosse algo que se dissesse, por que diabos eu ia falar? Só pra fazer uma piada tosca pra todo mundo rir?

Enquanto eu ainda tiver tesão pelas coisas, que se foda o resto, continuo fazendo o que tenho tesão. Por acaso tem umas ai que tão faltando na minha vida, saudade de sentir alguns tesões que tão de férias da minha lista de orgasmos pessoais.

É isso ai, gostei! Um brinde, ao orgasmo pessoal!


Beijos e abraços,


Ainda da Autora.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Good Morning!

Olá a todos! Pois é, ocorreu o grande milagre, eu postar o terceiro texto antes da virada do mês! Isso sim é algo para se comemorar. Como hoje é sexta-feira, um dia feliz para qualquer boêmio do Brasil e do mundo, tirando eu que preferi vir para casa descansar, trarei um texto bem leve que escrevi numa manhã...

Bom, sobre o texto, ele não tem muita história, foi simplesmente uma brincadeira estúpida que fiz sobre uma manhã qualquer, eu odeio ser obrigada a acordar cedo, no entanto tenho que fazer tal coisa, por isso escrevi sobre a maldita manhã que podia ser tirada de meus dias!

Espero que gostem e, quem sabe, se divirtam.

Beijos e abraços,

Da Autora.

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- Good Morning, Sunshine! - Ele me acordava beijando meu braço, não acreditava que ele estava me acordando antes do meio dia... quer dizer, já era um sacrifício acordar antes das três da tarde, agora acordar antes do meio-dia? Aquilo já era um absurdo!


- Enquanto ainda for morning, meu dia nunca vai ser good... - grunhi enquanto me virava pra ele, ele sorria, eu não. - Que horas me acordou?


- São nove horas, e o sol brilha lá fora! - Ele sorria, aquele sorriso branco, se a janela estivesse aberta, acho que a luz do sol refletiria aquele sorriso e me deixaria cega.


- Por que o ser humano resolveu ter o hábito de acordar cedo? - Murmurei enquanto me levantava e esfregava meu rosto.


- Por que você é praticamente um vampiro?


- Não é você que está indo contra sua natureza para agradar o namorado... - Agora já estava no armário buscando uma calça jeans. A mais leve, mais surrada e mais confortável possível.


- Sua natureza é humana... Humanos acordam cedo.


- Sabe que nunca me senti muito normal a respeito disso? - Tentei sorrir enquanto vestia uma regata.


- Não gosto você de regata preta... - Olhei-o indignada.


- Bem, hoje... quer dizer, nessa hora, ela combina com o meu humor... - Sorri secamente enquanto terminava de me vestir. - Por que estou acordando cedo?


- Porque te pedi, ontem, enquanto a gente... Enfim...


- Eu sempre falo mais do que devo nessas horas, devia me contentar em gemer... - Suspirei para mim mesma, só que alto, o que era de se esperar a risada ao fundo que escutei dele.


- Você faz tudo que eu peço nessas horas, é uma pena. - Aquele sorriso sarcástico foi o suficiente para que eu quisesse socá-lo até que o sangue cobrisse meu corpo, respirei fundo, várias vezes e me recompus. "Você não quer matá-lo..." pensei, droga, odiava mentir para mim mesma. - Okay, calei-me... Senão daqui a pouco perco minha própria vida... Meu Deus, que mau humor.


- E você só o piora...


quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Lunática

Olá a todos... Eu prometi postar um texto sobre o cansaço psicológico, no entando terminei agora de escrever um que conta sobre isso mas de uma visão diferente. Talvez gostem!

Beijos e abraços,

Da Autora.

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- A Lunática -


“Você quer morrer?”, ele gritava do outro lado da rua, se eu quisesse realmente morrer, não estaria fazendo aquilo, o motivo era outro, bem melhor. “Muito pelo contrário! Eu quero viver!”, berrei, libertando aquele desespero que estava em minha garganta durante meses. Uma buzina tocou, bem em meu ouvido, desviei rapidamente da primeira moto que passou raspando em meu braço.


“Sai daí!”, ele insistiu desesperado. Oras, se eu não estava preocupada com aquilo, por que ele, que mal estava no meio da rua como eu, deveria estar? Eu só queria sentir, queria sentir a vida dentro de mim, pulsando, aquela adrenalina toda gritando em meu corpo, a falar em grito: “Sua maluca!”, um carro passou perto de meus pés, “Sim!”, foi o que gritei de volta, era totalmente louca, a sanidade era a última das minhas escolhas para a vida!


Eu sorria, um sorriso limpo e livre, tudo porque eu a sentia, sentia a vida pulsando em mim a cada carro e moto que passava pelo meu corpo, quando eu ainda estava no meio da rua, implorando para nenhuma pessoa sã me tirar de lá. “Por quê?”, ele gritou novamente.


Como se eu pudesse realmente explicar em palavras o motivo disso tudo, por quê? Porque cansei daquilo, ah! A falta de vida, a mesma rotina, os mesmos passos, as mesmas pessoas. Às vezes é necessário pirar, sair do ar, esse era o momento. Saber que existe um coração dentro de mim e a qualquer momento ele pode parar de bater. Virei meu rosto para vê-lo, VRUUUM!, um ônibus colou em meu corpo, me arranhando o rosto, fazendo-o sangrar. Eu ri, nossa, aquele sangue quente escorrendo de meu rosto!


Olhei para o céu, sem nuvens, vento frio. Era São Paulo, não devia esperar mais daqui, o vento cortava mais meu rosto, era gelado e seco, mas eu não me importava. Já havia jogado meu casaco e meu cachecol no meio do caminho para o meio da rua (quanta utilização de “meio”!). Meu corpo estava quente, se não fosse vulgar, provavelmente tiraria o resto de minha roupa, porque o calor vinha de dentro para fora e queimava meu corpo, como nunca tinha presenciado antes.


Olhei para ele e sorri, meu sorriso mais normal (se bem que todos meus sorrisos são um pouco anormais). “Quero testar uma teoria!”, gritei abrindo os braços, sentindo uma moto quase arrancar um. “Uma vez”, comecei a falar para ele, aos berros, “me disseram que quando você é atropelado a primeira vez”, eu já fui atropelada uma vez, “a segunda não pode acontecer!”. “São como raios! Não caem no meio lugar duas vezes”, respirei fundo, “só que no meu caso, uma pessoa não pode ser atropelada mais de uma vez na vida”.


Claro que minha teoria não tinha fundamento algum, era totalmente inventada. Por acaso, havia inventado na hora, simplesmente para que ele compreendesse pelo menos um motivo pelo qual eu resolvi ir para o meio da Avenida Paulista me misturar aos carros, motos e ônibus.


“Saia daí, por favor! Volte!”, ele implorava já aos prantos. Por que ele estava chorando? Eu não sou tão importante assim!


NÃO!


Gritei e pensei, alto, muito alto. Buzina novamente, um grito: “Sai do meio da rua, sua filha da puta!”, que educação! Motorista, por favor, o estresse mata.


POW!


Hum, agora foi de verdade... Minha teoria estava errada, é uma pena, era uma boa teoria! Um carro passou em cheio em meu corpo, em alta velocidade, quando vi, estava no ar, choques, choques, choques, devo ter batido em todo o caminho do carro. Olha, isso dói.


Depois? Depois estava no chão, engraçado... Durante todo esse tempo que estava na rua, nenhum carro parou, continuaram a andar, sem se preocupar com uma lunática que estava tentando passar por entre os carros. Estavam atrasados.


Até o momento em que algo aconteceu, até o momento que alguém resolvera passar sobre meu corpo para ver se aquilo terminava logo, nesse momento todos os carros pararam. Eu não sabia exatamente o que estava acontecendo, se eu queria sentir a vida, agora tinha conseguido com toda certeza. Agora sentia cada parte de meu corpo.


Percebeu que as pessoas valorizam mais a morte do que a própria vida? Porque todos já haviam saído de seus veículos e agora estavam em minha volta, eu via sombras, muitas sombras. Todos me olhando de cima, alguns com celulares na mão, tentando chamar alguém para me resgatar. Antes nem ao hospício eles chamaram!


Nossa, aquilo era a vida. Ou melhor, o finzinho dela. Como se eu realmente tivesse me importando, eu era insana mas não burra. Eu sabia que em alguma hora um carro ia tomar coragem e eu não ia conseguir desviar, na realidade... Eu acho que não ia querer desviar.


Era óbvio que ele estava lá, ajoelhado perto de meu corpo e chorando. Meu Deus! Que homem chorão! Eu que fui atropelada e não estou chorando, por acaso, eu estou tentando sorrir, mas meus músculos doem. Tem algo estranho, parece uma poça de sangue. Eu ri, ou tentei. Meu riso saiu mais estranho que o normal.


Eu falei, meu sorriso já é macabro naturalmente, meu riso é algo como aquelas risadas maléficas de desenho animado. Dessa vez ela saiu ainda mais grossa, talvez pelo jato de sangue que logo após tive que cuspir.


Meu peito doía, nossa, parecia que eu estava sendo empurrada para o asfalto com ainda mais força! O que era aquele barulho? Que eficiência! Acredita que a ambulância já estava aqui? Eu não... Eles sempre demoram, dessa vez foram tão rápidos. Ah! Mas eu não queria ir.


Só porque agora eu tinha descoberto como viver realmente? Droga! Ih, senti algo me tocar... Ah, era o médico. Esses homens de branco que parecem que tão cuidando do cachorro deles, não de uma pessoa realmente. Não toca ai! Ta doendo!


Olha só... Uma maca! Hum, não consigo respirar. Desliga essa maldita sirene! Tá me dando dor de cabeça! Eu queria dizer algo, mas não me lembro... Era algo sobre a vida... Mas que assunto mais batido! Talvez eu fale algo sobre a... hum... a... eu...

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“Morta”, disse o médico ao rapaz que estava junto ao corpo da mulher. “Como assim? Por favor, não me diga isso!”. “Não podemos fazer muito, a pulsação dela já se foi...”.


Depois era somente o som dos “oh” e dos “ah” das pessoas envolta do corpo e das lágrimas do homem ajoelhado ao corpo da lunática atropelada.