sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Poemas

Por incrivel que pareça, escrevi poemas... Isso mesmo, POEMAS... O que é engraçado, considerando que só os escrevo quando estou sentimentalmente abalada, dessa vez é a falta de abalo.

Liguei o Foda-se em vidas amorosas, liguei o "hell yeah" para baladas, festas e curtição. Vamos ser adolescentes, finalmente.

Um é um poema erótico? Hum, foi o que falaram, eu não achei, achei ele muito suave, foi mais... sensual, diria. Ou até menos.

O outro é uma crítica não crítica, é só pra vocês pensarem mais nos atos antes de fazê-los e repararem que arrependimentos não fazem história, nem sua vida.

Yeah, é isso, beijos e abraços.

Da Autora.

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- A conquista -

Uma conquista
A base de tudo.
Se os lábios tão perto do rosto.

É o cheiro...
Mas o cheiro não suporta,
É a vontade.

Uma escorregada,
Uma chama
Uma pequena aproximação
É o desejo.

Um deslise de mão,
Um perfume no ar,
Um corpo colado,
Uma vontade de se amar.
Conquista,
O beijo dado e os passos mais parados,
Atrapalhados...
Uma parede e uma prensada.

Respiração aflita,
Empurra, empurra!
Toques fortes
Beijo sufocado.

É uma finalidade,
Cama, parede, armário...
Banheiro, chuveiro, pia.
Qualquer lugar!

Beijos, toques, apertos,
arranhões, mordidas.
Arranca aqui, tira ali.

Camisa, calça, cueca
Blusa, saia, calcinha
Nada, nisso não precisa de nada.

Animação, aflição, desespero.
"pelo amor de Deus, VAI!"
Desse jeito não é um pedido,
Ordem.

Movimento, suor, gemidos.
Gritos, gritos, gritos!
Suspiros, pedidos, exigências.
Conquista foi.
Conquista vai.
vai... Vai e vem, entra e sai, arranha e aperta.

Foi, grito novamente.
Gemido mais intenso.
"AI!", culpa do arranhão mais forte.
Vergão, arquear costas, beijos sedentos.
Seios fartos, lambidas, mordidas.

Cair, deitar, respirar.
Sorrir, sentir, relaxar.
É o desejo, é a conquista, é o cheiro.

Finalidade, fim.


__________

- Sem título -

Se eu fosse voltar atrás em decisões,
Faria tudo diferente.

Nunca teria posto um cigarro na boca,
Muito menos uma gota de álcool,
Teria lido mais, beijado menos.
Teria visto mais filmes em preto e branco,
Menos violência desnecessária.

Teria ido a igreja todo domingo,
Rezado Pai Nosso e Ave Maria.
Teria me guardado para o futuro.
Casado virgem!

Teria lido um pouco menos filosofia,
Um pouco mais romances.
Teria feito direito, ou medicina.
Quem sabe farmácia, enfermagem.
Engenharia... Alguma coisa que dizem "você estudou".

Não teria gostado de escrever,
É uma perda de tempo.
Teria jogado fora a velha máquina de escrever de meu avô.
A única função que possui é para o museu.

Não teria freqüentado museus,
Não teria ido a peças de teatro,
Musicais, dramas, comédias.
Nunca usaria mini-saia,
Calça justa, regata com a barriga de fora.

Mas também não usaria calças largas,
Camisas de heavy metal, tênis surrado.
Usaria sempre uma saia abaixo do joelho - marrom.
Uma blusa que não tivesse decote.

Sempre um sorriso meigo no rosto.
Ah! Nunca, mas jamais usaria sarcasmo.
Não teria mais ironia, piadas maldosas.
Risadas sacanas, gírias malandras.

Claro que nada disso teria feito,
Uma coisa sim eu teria.
Nunca deixaria meu corpo influenciar.
Nunca meus hábitos se tornariam visão para outros.
Nunca ia querer ver meus erros do passado no futuro alheio.

Originalidade
Erro
Conseqüência

Foi o meu caminho.

Um comentário:

Cézar Dourado disse...

Muito bom os seus textos....
as vezes compensa garimpar o blogspot...
Já até salvei em meus favoritos - grande progresso eim?.
Visite o meu? Vlw