quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Três poemas

Olá, desta vez demorei mais para postar, okay... ando me consentrando em outros tipos de contos que possivelmente não seria apropriado postar aqui, mesmo assim minhas madrugadas se tornaram momentos para escrever poemas.

Como tenho poucos, muitos poucos poemas aqui, se não me engano somente dois, então talvez seja hora de mostrar que também tenho um lado poetisa, um lado meio sadico, nem um pouco romantico, mas mesmo assim interessante...

Primeiro poema - Os ques de uma vida, faz tempo que o fiz, quem lê gosta, espero que gostem também.

Segundo poema - Feito na madrugada de terça para quarta feira, tem um lado humor negro que espero que gostem, não me critiquem pelo meu "realismo" exagerado.

Terceiro poema - não sei porque colocarei ele aqui, mas é para dar uma animada na comparação dos outros poemas mais sérios, é uma parodia ao movimento Emocore. Diverti-me escrevendo esse!

Beijos e abraços, da autora.

-- Quês de uma vida --

que o mundo apareça com flores mortas,
que a vida se mostre um pouco menos sombria
e que o cheiro de chuva pareça menos insuportável
que as gotas que caem não sejam mais de lágrimas,
que sejam doces e suaves, frias e refrescantes,
que eu me sinta um pouco menos destruído
que a morte não seja algo tão temido,
que o fim se pareça um novo começo,
que meus olhos enxerguem beleza, não mais horror.
que os versos soltos que escrevo sem vontade de terminar,
sejam eternos a quem os lêem,
e, conseqüentemente eternos para com quem os escreva.
que sorrisos se demonstrem mais sinceros na face de quem os sorri,
que,a cada dia seja uma dor a menos e um alívio a mais.
que diga coisas com nexo,
que sinta o que não sei mais sentir,
que veja o que não mais enxergo,
que viva uma vida mais alegre, menos sofrida.
que não sinta que sou um erro, ou uma vítima,
mas que entenda que há um propósito, um motivo,
que nada aqui presente seja só um acaso,
pois se o acaso existe, não há mais motivo de buscar acasos positivos.
que as flores renasçam de suas cinzas, como uma fênix,
que essas flores sejam minha alma,
e que a fênix não seja só mais um conto de fadas.


-- O Assassino --

Se um dia chegar a amar alguém,
tente não amá-lo tanto quanto ama a si mesmo.
Se um dia odiar alguém,
Faça que esse ódio não lhe corroa a alma,
Não torne seus dias uma vingança eterna.
Não que a pessoa em questão não mereça,
Mas pense que talvez você não mereça sofrer.

Escutou um dia "Ame o próximo assim como você ama a si mesmo"
Essa pessoa morreu numa cruz por amar de mais.
Seja egoísta, quem se importa, todos são.
Assuma o que é, não se esconda em trechos que não foram ditos por você.
Reinvente teorias, faça um novo caminho.

Conselhos são banais,
Sou o mais pecador que conheço nos olhos de um livro.
Sou o mais egoísta, pessimista-- não!
Realista...
Se a algo que me irrita em todos,
Todos se irritam comigo.
Pois sofro de uma doença que a humanidade já baniu.
Honestidade.

Honestidade não é não enganar somente os outros,
É não se enganar.
O que sou, o que penso, o que vejo,
Digo tudo, fui banido.
Minhas verdades arranham e perturbam,
Talvez seja um assassino.

A inocência foi minha primeira vítima.


-- Paródia de um Emo --

O sono chegou e mal tinha amanhecido
passei a noite inteira embriagado, era o fim!
Tomei remédios para dormir pensando na morte,
Ela me sacaneou
Era remédios para dor de cabeça...

Morte ingrata, me renegou
Já não bastasse a vida,
O meu medo aumentou!
Saí correndo no meio da rua,
Nenhum carro me atropelou,
As motos desviavam
Mas eram 5 da manhã e as motos eram imaginação.

Pensei em um predio,
Mas a altura era pouca.
Pensei em uma arma,
Mas a beletta estava sem bala.

Ai olhei para aquela lâmina,
Mas estava inferrujada...
E péra lá, eu não quero pegar tétano!
Vou voltar a escutar NxZero...

domingo, 13 de janeiro de 2008

Justiça - Sua verdadeira Face

Nova postagem? Mas já? É, já... recentemente escrevi uma curta mensagem a um grande amigo meu, Michel, ele se nomeia fã das coisas que escrevo, ainda mais do meu conto do Marcelo, que reentemente anda parado, infelizmente. Ele gosta muito das minhas críticas a sociedade, das idéias sociais que possuo de vez em sempre, nossas conversas são as vezes politicas de mais para a idade que temos.

Esse texto em questão é não uma crítica, mas um debate pessoal, que ao longo do texto se torna universal, sobre a minha visão da Justiça, já discutimos muito sobre temas como esse, não faz muito tempo que discuti sobre a Liberdade por aqui, claro que foi uma parte curta, esse é longo e só sobre esse assunto, não sobre minhas opiniões como o anterior.

Espero que gostem, beijos e abraços da autora.

PS: Não me xinguem.



-- Justiça – Sua verdadeira Face --


Uma vez minha mãe me disse, na realidade não faz muito tempo desde que ela me ofereceu sua sabedoria realista... Disse-me que um dia, quando era muito pequena, eu acreditei em coelho da páscoa, depois em papai Noel... Até que chegou um dia e eu reparei que os dois eram puras invenções, aquelas para deixar crianças felizes e caladas na hora de dormir, esperando ambos chegarem. Ai quando cresci, acreditei no mais absurdo de todas as crenças, a justiça... Ela me disse, "você não mais acredita em papai Noel, muito menos em coelho da páscoa, por que então acredita na justiça?", quis respondê-la, mas não encontrei palavras, mais tarde fui me questionar, indagar sobre essa questão, eu acredito, acreditei, acreditarei, não sei, talvez pelo fato de ser um modo de deixar meu "eu-rebelde" um pouco mais calado, um pouco mais feliz...

Senti-me um pouco desorientada pensando sobre o assunto, não sei se era o cigarro que fumava que fez minha mente perder um pouco a noção ou se foi a complexidade simples do assunto que me deixou confusa, só sei que nunca havia pensando no assunto, não desse modo. E olhe, se um dia você conhecer uma pessoa rebelde com causa, que ama discutir assuntos polêmicos e vive em função de quebrar a imagem que as pessoas têm da sociedade, você me conheceu e mal sabia disso.

Olhei um pouco para o céu, pensando na política do país, meio estranho, mas era o modo de concluir minha teoria, ou melhor, a teoria de minha mãe. Justiça, sempre imagino aonde vem a origem dessa palavra, quando o homem começou a utilizá-la, e pense bem, desde que o mundo é mundo, desde que o homem domina os meios em que encontra, (o céu, a água, a terra, o espaço), ele fala de justiça, mas não a tem, e quando tem a possibilidade de oferecer a alguém a justiça, não a utiliza. Então por que usam essa palavra?

Uma vez escrevi algo sobre liberdade, cheguei à conclusão, causando polêmica a amigos e conhecidos mais "bonzinhos", que ela sempre fora uma luta inexistente, que mesmo que você diga que luta a favor dela, na realidade é a pura aparência, que você realmente quer lutar, você gosta de ser preso pelas mãos da sociedade e da religião, só queria que as coisas melhorassem um pouco mais para você. Não, não me venha com essa falsa bondade, você não pensa nos outros primeiro. Não me xingue, é que eu simplesmente não posso mentir para um leitor.

O que acontece na realidade é que tanto a liberdade quanto a justiça são coisas lutadas em conjunto individualmente, como assim? Bem, você as quer em certos momentos, em certos acasos, mas a quer para você em princípio, no entanto ao longo do trajeto de batalha você encontra alguém que luta pelas mesmas causas de modo diferente, como você sabe que sem ajuda não ia jamais ganhar o que quer, afinal todo homem é uma criança mimada não assumida. O que o homem quer, ele luta, não importando as conseqüências para conseguir. Ai ao longo do caminho você encontra mais pessoas lutando pela mesma causa e assim vira uma guerra, de modo pessimista de pensar, ou uma luta, do modo otimista de pensar.

Temos mania de ofender políticos, com todo direito e motivos, porém nunca vimos por trás da política, não é nossa culpa, ainda não estivemos lá para saber. Mas uma coisa é certa, não precisamos xingar nossos prefeitos, governadores, aqueles homens que pensamos que realmente comandam nosso país, xinguem os deputados, xinguem o parlamento, essas coisas, porque são eles que realmente comandam nosso país, o resto foi feito só para falar em público e assinar uns papéis que eles mal leram, afinal alguns nem possuem essa capacidade (não citarei nomes por pura educação).

A justiça nunca esteve ao nosso alcance, porque, quando conseguimos alguém que naqueles programas obrigatórios de meia hora (que parecem milênios desperdiçados), que nos dizem "Trarei justiça para o nosso país!", por favor, não caiam no erro, não outra vez. Não que eu esteja falando pra fazermos uma greve e não votarmos, longe disso, pois ai qualquer voto decide a escolha que nos privamos de fazer, não podendo depois nos rebelar contra o Estado, ai não tem mais graça.

No entanto, o que realmente quero dizer é que, o homem continuará dizendo essas palavras até encontrar o que lhe agrada para ficar quieto e, assim, piorar a situação para seus, até então, colegas de batalha. O poder sempre dominará a mente do homem, não importando o quão correto e direito ele lhe pareceu. E quando o poder domina a mente de um homem, meu caro, desista, ele não vai lhe ajudar, a justiça mais uma vez ficará só nas palavras que escrevemos e falamos.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Sedento de Prazer

Não faz muito tempo que eu postei aqui pela ultima vez, porém, como minha criatividade ultimamente anda me surpreendendo, principalmente a respeito desse tipo de conto que logo mais enfio aqui, não há motivos para mais delongas, principalmente pelo fato desse site ser tão pessoal que não há outros motivos como "comentários insuficientes" para postar!

Esse conto em questão fiz especialmente para um fórum de uma série que vejo muito, o personagem principal do conto na realidade é um ator, chamado Alex O'Loughlin, não que isso ajude muito, mas se quiserem formar a imagem em suas cabeças, procurem no Google esse nome, fica mais fácil para imaginar. E eu não pus o nome da companheira "amorosa" dele, pois a idéia principal é que toda mulher que leia se ponha no papel da sua companheira, saibam que o fórum em questão tem uma quantidade minúscula de homens, então...

Meu segundo conto erótico, dos quatro ou cinco que fiz no ultimo mês, é delicioso fazer e quem lê diz que é mais delicioso ainda ler!

Beijos e abraços da autora.

-- Sedento de Prazer --


Alex não se preocupava em quantas pessoas estavam a sua espera, quantos fotógrafos esperando a oportunidade de pegá-lo desprevenido, o que se importava era com ela, com seu cheiro, com seu toque, com o seu sabor. Eram entre nove horas da noite, teria uma festa para ir, divulgar seu trabalho, mas tinha coisas mais importantes para fazer do que se preparar para outra festa a trabalho, não queria pensar em nada além dela.

Seus lábios se tocavam com alguma freqüência, seus beijos eram úmidos e apetitosos, o corpo dela pedia por atenção, e ele estava disposto a dar a maior atenção possível. Seu bleiser marrom estava ao pé da cama, sua blusa branca estava em algum lugar da casa, ela havia perdido sua blusa lilás, não se importavam aonde estavam seus pertences, Alex removia delicadamente e apressadamente o sutiã dela, jogando-o no chão, seus peitos agora nus trocavam energias, o calor de seus corpos sufocava o ar que respiravam.

Alex posicionava sua mão direita na cintura de sua parceira, cobria-lhe quase toda as costas, apertava com força a cada beijo e a cada gemido de prazer, seu coração batia em tal velocidade que o êxtase dominava seu cérebro, com a mão esquerda segurava seus cabelos presos em um rabo de cavalo, desmanchava qualquer penteado que podia existir, segurava com força, sentia os fios entre os dedos, sentia o perfume do cabelo dela soltar-se no ar em que respiravam.

Sua companheira sentia sua pele quente, sentia seu coração, gemia de prazer a cada aperto mais forte que ele lhe dava, suas mãos estavam sem direção, sua mente não conseguia se concentrar em qualquer outra coisa senão o prazer que sentia em seus braços, a dominação, aquele sentimento que lhe perfurava o interior, a conexão inacreditável, os olhos fechados vendo fleches de luz, seu íntimo pedia por mais, não queria nunca mais parar, queria continuar naqueles toques, naqueles beijos, naquele suor que acompanhava ambos os corpos.

Com uma sede de prazer, Alex soltou suas mãos do corpo dela, sentindo por alguns segundos o vapor em seus corpos naquele pequeno espaço de distancia, pos suas duas mãos robustas na cintura de sua companheira, a carregou usando a força de sua vontade, jogou-a na cama atrás deles, ela suspirou um gemido, olhou-lhe com olhos de tigresa, passou a ponta de sua língua, umedecendo seus lábios já secos, esperando ele avançar sobre ela, esperando seu ataque, aquele ataque que não teria defesa alguma.

Ele respondeu ao seu chamado silencioso, apreciou seu corpo e foi engatinhando como um leão para ela, beijou-lhe a barriga, ela sentia um arrepio na espinha a cada beijo, a cada lambida, subiu para seus mamilos, beijando-os, tocando-os com a ponta de sua língua, seus músculos se mexiam a cada movimento, ela via aquele abdômen maravilhoso, suas tatuagens, observava cada ponto de seu corpo, cada detalhe, fechava os olhos de tempos em tempos, sentindo aquele calor indescritível subir por sua cabeça, sentia aquela pulsação indescritível por entre seu intimo, aquela sensação que só uma pessoa no auge do prazer consegue sentir.

Alex parecia sentir todos os arrepios e pulsações que sua parceira sentia, possuía mais fome a cada sensação por ela sentida, deu um beijo tão forte que suas bocas se tornaram uma só, desceu vagarosamente para a cintura dela, enquanto com uma mão tocava sua barriga macia, com a outra abria o zíper de sua calça, tirou-a com força, jogando-a no chão do quarto mal iluminado, seu olhar demonstrava fome, ela não agüentava mais de prazer, queria inverter a situação, dominar seu corpo todo, com o dedo indicador segurou o queixo dele, fazendo-lhe olhar em seus olhos, disse num sussurro "Agora é a minha vez", ele deu um sorriso de canto de rosto, obedeceu ao comando dela, e deixou-a dominar-lhe.

Ela o jogou na cama, não utilizando muita força, não era preciso, ele foi voluntariamente para onde ela o mandara ir, ele esperava a hora certa, o momento de ser dominado, ela passou suas unhas no abdômen dele, descendo até sua virilha, beijou cada parte de seu corpo, sentindo o abdômen dele contrair a cada beijo, olhou para o rosto dele, vendo sua expressão de prazer, beijou seu pescoço, passando sua língua e dando mordidas leves, sentindo-o gemer. Ela com certeza o havia surpreendido, ele nunca sentira tal sensação, tal sede, tanta vontade de beijá-la, de pegar em seu cabelo, de retirar sem cuidado algum suas roupas íntimas, na realidade a única roupa intima que ainda lhe restava.

Ela arrancou a calça jeans de Alex, dando mordidas leves em sua virilha, arranhando-lhe as pernas com suas unhas compridas, e dando um sorriso ao ver a reação que ele tinha a cada mordida e unhada. Ele deu um gemido forte e subiu de repente, a jogando na cama com tal força que a fez dar uma risada provocativa, esperando o próximo ato dele, que obviamente já era previsível, sua roupa íntima voara longe, junto com a dele.

Ele subiu em seu corpo, e ela deu o primeiro gemido de prazer, sentia como se tivesse encostado nas portas do paraíso, seus olhos viram tudo branco, ela descobrira que o amava de um modo que não tinha descrição, suas únicas palavras possíveis naquele momento era a repetição do nome dele, via aquele movimento, seus lábios secando cada vez mais, sendo umidecidos com beijos contínuos, as unhas dela perfuravam-lhe as costas, ela o apertava com mais força a cada sentimento mais intenso.


***

Provavelmente ela descobrira a perfeição, enquanto sentiam as gotas quentes da água batendo em seus corpos ainda grudados, ela sentia seu coração, seus beijos se misturavam com as gotas d'água, se abraçavam com força, o corpo dele a pressionava sobre a parede de ladrilhos do banheiro dele, descansavam seus corpos e sentiam as gotas escorrendo em seus cabelos, suas bocas nunca mais se desligariam.