sábado, 7 de março de 2009

Estrelas

Olá a todos novamente, eu disse que voltaria com tudo dessa vez e cá estou eu lhes trazendo um novo texto. Bom, eu não tenho muito a dizer sobre isso, é um conto romantico de meu tipo de romantico, espero que gostem.

Beijos e Abraços,

Da Autora.

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“Por que me trouxe aqui?”, ele questionava, olhando para ela, sem direção correta, mas era livre. Desde que tinham saído de sua casa, ela dirigia seu conversível vermelho sem dizer absolutamente nada, somente lhe disse que iam para um lugar próximo de o que todos acreditavam ser Deus. Ele fazia perguntas e ela não o respondia, só o olhava e sorria.

Aos poucos foram se distanciando da cidade, e ela continuava silenciosa, enquanto ele tentava descobrir onde estavam indo, logo após subiram um morro, que se tornou numa grande montanha e foi ai que ela parou o carro e ele perguntou novamente.

Ela fez sinal para que ele se calasse, se sentou na grama, no topo daquela montanha e o puxou para próximo dela, fazendo-o deitar-se junto. Ele olhava para os lados, querendo decifrar tudo aquilo, mas era somente uma montanha. “Me responda, por favor...”, ele pediu agora nem acreditando numa futura resposta. Ela virou o rosto para ele, próximo de seu ouvido. “Somente escute, elas falam conosco...”, ela sussurrou suavemente em seu ouvido.

“Elas quem?”, outra pergunta. Ela sem dizer nada de mais, apontou para o céu, para as estrelas brilhantes, como vaga-lumes presos num imenso azul marinho. “Feche os olhos e tente escutá-las”, ela sussurrou novamente, virando o rosto para observar as estrelas.

Ele não tinha muita opção, por isso fechou os olhos como o pedido suave de sua menina, tentando escutar algo, mas só conseguia escutar sua respiração e o assobiar do vento entre as árvores em volta.

Iluminação.

Sou como a luz que brilha em teus olhos, sou enorme, mas para ti, meu amor, sou pequena.

Toca-me suavemente com tuas mãos másculas e, mesmo assim, gentis. Beija-me com um doce sabor, sem significado certo, mas com lábios de mel. Sinta-me sem precisar me acariciar, porque nossos corpos celestes se sentem naturalmente, trocando energias e sentimentos.

Vosso amor é grandioso, cuidadoso. Ando em passos curtos, temendo ferir-te, agrado-te como posso, mas sinto-me como uma esfinge misteriosa que, para ti, guarda segredos mil. Sou simples, sou eterna e sou delicada. Não tenho mistérios, somente o mistério que não me pertence.

Mistério esse, mais antigo que minha alma, mais antigo que o divino que nos observa daquele topo azulado, mais antigo que civilizações, ou que os planetas, luas e galáxias. Demos um nome, mas o resto ele próprio se criou.

Uso o nome para dizer meus mais divinos sentimentos perante ti. Eterno, singelo e sincero.

Este é o amor que tenho, um amor celeste.

Ele abriu os olhos, crente que as estrelas tinham lhe dito algo, mas quando olhou para o lado, para sua estrela delicada, viu-a sorrir. Queria agradecer, mas não sabia o que dizer, somente retribuiu o sorriso singelo, beijando seus lábios com delicadeza, deixando que a luz transmitisse mensagens belas para o azul marinho do céu.