quinta-feira, 19 de junho de 2008

Divino

Olá a todos, temia que não conseguisse postar algo antes que o mês acabasse, mas consegui chegar em sua "metade" e postar algo. Não ando escrevendo coisas que sejam válidas aqui, estava em época de provas, leituras, desenhos, livros, enfim... Não contos como normalmente escrevo.

No entando encontrei algo que nunca foi postado, algo que escrevi como um desabafo simples e psicologico, mas que serviu para algo além disso. Espero que gostem e que lhe sejam útil!


D+Eus = junção de todos os Eus.


-- Divino --

Como se fosse possível a chuva que caia em meu corpo me trazer alguma felicidade, mas não é seu significado físico que a torna fundamental em minha vida, mas seu significado metafísico, algo além de minha própria razão, presente para sempre em minha vida, como uma pequena passagem de aprendizado, como uma pequena passagem de renascimento, a água se torna a nova vida que se instalou em mim.

Andava como se algo além de meu próprio conhecimento pudesse me trazer de volta para a vida real, mas minha vida fictícia se tornou mais interessante, a vida de meus sonhos, a vida de minha própria felicidade, é a típica felicidade programada. Enquanto o mundo cai em minha volta, como as gotas que percorriam meu corpo e a fumaça de meu cigarro que flutuava pelo ar, minha mente somente pensava em uma coisa, em alguém.

Era sentir minha alma, era sentir-se livre, a pura liberdade inexistente, a velha liberdade primaria, como se tudo que nunca acreditei pudesse se tornar real, eram fatos, palavras que desconhecia, palavras simples.

Amor, liberdade, justiça, harmonia, vida. O simples bem.

Nada disso se achava em meu dicionário de vida, pois um dia ele fora apagado, como se uma grande borracha de sofrimento cobrisse os meus sentimentos puros, mas aquilo nunca desaparecera, pois seguia sem perceber esses princípios, sem reparar que eles eram tão presentes em minha vida quanto os opostos deles.

Foram poucos anos, muitas vidas, lotados de conhecimento que descobri que possuía sem ao menos notar, como se pessoas em minha volta, com exceções, mas minha vida respirou o ar da realidade, minha vida esqueceu o ar do romantismo, ignorava cada palavra que se significasse algo positivo, pois no mundo em que aprendi a viver, os positivos foram esquecidos por grandes homens, mentes pequenas.

Mas afinal, se há algo que possa se tornar positivo em minha vida, não cabe a eu ignorá-los, não cabe a eu jogá-los ao vento como se não os precisasse, pois necessito de cada afeto, pois sou um ser lotado de conhecimento, pois sou um ser lotado de razão, e ainda mais que tudo isso, sou um ser lotado de sentimentos.

Como se os sentimentos pudessem um dia serem excluídos de minha vida, isso foge da minha realidade, aprendi a conviver com eles, muitas vezes de modos errados, muitas vezes usando a covardia, mas é impossível excluir fatos tão simplórios e tão magníficos.

As coisas mais simples se tornam as mais importantes, isso é algo que reparei ao longo do percurso chamado vida, e não são abraços, beijos, não são coisas físicas, como disse anteriormente, há coisas além da física, além de nossos sentidos, esse é o sexto sentido de meu corpo, o sentido de sentir além dos sentidos físicos.

A distância não significa nada, a distância é física, a ligação espiritual é de pouca distância, é tão presente que envolve nosso corpo, nossa mente, nosso coração, é somente um, o mais importante, o mais admirável de todos os fatos metafísicos. É o único presente universalmente.

Não são palavras, como um “eu te amo” ou “eu te odeio” ou “eu te adoro”, nada disso é importante, mas é o que seu coração respira em seu corpo, o que ele lhe diz e o que você deve seguir. O equilíbrio existe, somos prova de um equilíbrio.

Sou emotivo, sou racional, sou sensitivo, em partes iguais, a diferença é que eles se mostram em momentos diferentes, e se aprimoram, às vezes pensamos que perdemos um deles, mas isso é ignorância de nossa parte, não podemos perder algo que nascemos com.

Em conclusão digo somente que somos todos divinos de nossas próprias formas, nos identificamos com nossos iguais, não percebemos as ligações, mas não conseguimos não as ter. Somos todos nossos próprios Deus.

terça-feira, 3 de junho de 2008

Três em Um

Olá a todos, parece que virou rotina dois posts no mês, não é mesmo? Quem sabe, desta vez, neste mês posto mais de três. Minha vida está um pouco lotada, não que me importe muito, mas estou precisando de umas férias, sair com os amigos, tomar um café, relaxar um pouco. Ah, saudades... Além disso, uma vida sem meus cigarros, as coisas não estão tão fáceis!

Aos textos... Pensei em postar somente um, no entanto ele é tão curto que me sinto envergonhada de postar somente ele, optei em pegar outro, mais curto ainda, para aumentar seu tamanho!

Texto 1 - Momento feminista... Entendam, eu sou uma típica mulher da modernidade, feminista até a última ponta, e aulas de História da Imprensa sobre as revistas voltadas para o público feminino, me revoltaram... Portanto, esperem algo bem revoltado!

Texto 2 - Algo que me preocupa um pouco... Como as pessoas confundem os sentimentos, e ontem a noite resolvi analisá-los, do modo mais romantista que conheço!

A propósito, vou aproveitar o momento... Acho que não postei outro texto aqui também, que é tão curto quanto... até mais, que os outros... Pronto, assim me sinto satisfeita!

Texto 3 - Definitivamente uma Jura de Amor, sem destinatario... É o prazer de escrever sobre algo que eu não tenho, porém aprecio. Odeio ser romantica! (haha)


Beijos e abraços,
Da Autora.

Texto 1 – Para um mundo chamado “Mulher”

- “Quero ser alguém antes de ter alguém”.

Como se o simples fato de não pensar em ter uma família ou querer viver com uma aliança dourada no dedo, fosse um absurdo na vida madura de uma mulher. O mundo regride com a idéia de independência, sucesso profissional e bem estar próprio, estimulando, outra vez, o controle masculino sobre a mulher, a necessidade de montar uma família e mantê-la como uma mãe civilizada.

A informação voltada especificamente à mulher é lotada de futilidades, artigos, notícias completamente inúteis para a vida de uma mulher moderna, não investe em notícias realmente importantes, como se não precisássemos de política, cultura, economia, a verdadeira informação. Logo as informações voltadas ao público masculino tornam a visão feminina um simples objeto, a necessidade de ter ao invés de conquistar.

O que nos tornamos? O que permitimos que fizessem conosco? Voltamos aos tempos em que o sexo feminino não era nada além de um objeto de consumo e prazer, fizemos o que fomos programadas a fazer, esquecemo-nos de nossos cérebros e corações? Sonhamos com filhos ao invés de sucesso profissional, com casamento ao invés de independência monetária.

É um absurdo não querer nada, além disso? É um absurdo querer ser alguém além do que já somos em nossas famílias? Um absurdo querer fazer alguma diferença? Não querer ser presa a alianças douradas, educação de filhos, querer utilizar o cérebro que lhe deram, com gosto e perspicácia?

- Eu, sinceramente, espero que não.


Texto 2 – Dois Prazeres e Uma Enganação

-> Qual a diferença entre o Amor, a Paixão e a Simples confusão?

Há de se compreender que a cada instante presenciamos esses três tipos de sentimento, para ser mais sincera com o leitor, diria que confundimos os dois primeiros com o último que por aqui nomeei.

Um amor doentio, necessário e febril, não é amor, pois o amor é algo puro, que não nos traz malesas, não nos traz negatividade como algo obsessivo. Neste momento é que nomeamos estes sentimentos como paixão, mas, por favor, não banalize a paixão.

Mesmo com as milhares de críticas que você, leitor, deve ter escutar. Coisas como: a paixão é pecaminosa, finita, enganadora. Discordo parcialmente das duas primeiras e totalmente da ultima afirmação. A paixão nos permite descobrir, apreciar, aprimorar, nos permite tentar, junto com o amor ela se torna eterna e saudável. Seus efeitos são positivos ao corpo e a alma; os sentidos, os calores, todas as coisas que consideramos, com o nosso falso moralismo cristão, como "pecaminosos", são necessários em nosso amadurecimento.

Nesse ponto, falta a você, mesmo confuso (culpa absolutamente minha), decifrar finalmente o que é uma confusão realmente dita. A confusão é essas falsas acusações ao amor e a paixão que dizemos tosos os dias. É um emaranhado de sentimentos: ódio, febre, doença, obsessão, pecado, divindade, fascinação, enganação, etc.

A confusão sentimental nos faz achar que somos terrivelmente (uma palavra negativa) apaixonados por alguém, que amamos, apreciamos e necessitamos de alguém. É comum confundir os três, é uma pena amaldiçoar tão erradamente os dois primeiros.


Texto 3 – Uma Jura de Amor

Como diria Drummond, "te amo porque te amo", se fosse explicar os motivos de meu amor, nada que escrevesse ou falasse se tornaria o suficiente para falar o quanto te amo. Amor é um sentimento que me confunde sempre, pois é o sentimento mais complicado que existe, sabemos que amamos, só não sabemos os motivos que nos fazem chegar a essa conclusão. Podem ser caminhos longos ou curtos, mas o amor aparece quando menos esperamos, uma vez descrevi o sentimento como "pequenos tijolos que colocamos em um terreno, até que quando se juntar uma quantidade, formam uma casa.", mas é uma metáfora muito simples para que possa lhe dizer o porque que te amo.


Eu te amo porque não queria te amar, te amo porque fugi desse sentimento, te amo porque ele me persegue e me domina, te amo porque é uma maldição e uma divindade, te amo porque são tentativas nulas e simples de justificar porque te amo.


Eu te amo porque nunca lhe toquei, eu te amo porque minha mente me faz crer que te amo, eu te amo. Eu te amo porque essa frase se repete em minha mente enquanto tento evitá-la, eu te amo porque quando te vejo, é a única coisa que posso pensar.


E eu simplesmente descobri, como quem olha para o rio e imagina a imagem de alguém, eu simplesmente descobri que te amo.