segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Jornalismo Mack, 2008... vamos ao 2009!

É caras, estamos quase completando um ano, pode parecer pouco considerando que temos mais três anos a nossa frente, somente nos esperando, com muitas provas, trabalhos, discussões, grupos de estudo... Mas muito mais do que isso, com muita alegria, muita festa, churrasco, animação e união.

Eu sei, isso vindo de mim é um pouco inesperado, eu sei também que poucos lerão isso realmente, pois vão pensar que é só um post num blog cheio de histórias para contar e pouco sobre a própria autora que vos fala. Mas vou contar, tudo que lêem aqui, são partes de minha vida, são coisas que presenciei, fiz e sofri, coisas que me alegrei e agradeci ao meu avô por ter vivido, ou pelo menos pedi proteção a ele por agüentar todas as barras que já me aconteceram, foram poucas, eu sei disso, mas... Foram suficiente para tornar uma garota sem muita coisa na cabeça em alguém que ama o que faz e o que tem.

É por isso que escolhi esse espaço para agradecer, agradecer a vocês, que me aturaram dois semestres de faculdade, mesmo havendo tantos pela frente. Porque são vocês que fazem parte agora de minha vida, são vocês que eu tenho o prazer de olhar todos os dias, sorrir e cumprimentar, de agradecer por não ter passado na Cásper para poder presenciar momentos legais com vocês.

Alguns mal tive contato, alguns fazem já parte de minha vida, mas todos são fundamentais, todos foram essenciais, foram perfeitos e alegres. Eu tenho prazer de dizer que esse ano foi um dos melhores anos de minha vida, ta certo que só tenho 18 anos para dizer já qual foi o melhor, mas a gente sabe, a gente sabe no fundo do coração o que nos fez feliz, quais momentos nos fizeram sorrir, e eu lhes digo... Quase todos esses momentos foram próximos a vocês.

Estou escrevendo isso nos 25 anos de aniversário de casamento de meus pais, o que significa que ainda é dia 24 de Novembro, porém é por essa data mesmo que pretendi falar essas palavras, porque é vendo como eles são felizes juntos que eu levo isso para minha vida, essa união, esse companheirismo e amor, coisas que não só casais podem presenciar, mas como todos que possuem um pouco de amor dentro de seus corações, podem falar em voz alta que estão felizes por estarem juntos.

Eu não quero citar nomes, mas há pessoas fundamentais, desculpa... Mas, eu queria falar isso de um jeito ou de outro. Ô cabeção! Ô pessoa que me espanca todos os dias da minha faculdade? Sabe, você? Aquele cara que eu já falei que pra mim, hoje em dia, é que nem irmão? Sim, Lib, você mesmo... Agradeço sua amizade, agradeço todos os momentos que você simplesmente me abraçou por ser um bom amigo e agradeço por estar perto sempre, mesmo que seja para falar bobagens sobre como estamos com fome e comeríamos duas pizzas inteiras nesse momento. Você foi importante e eu queria te dizer isso, eu te adoro cara, te adoro pelo o que você é e pelo o que você vai ser mais para frente, um belo jornalista, profissional, inteligente e trabalhador.

Eu poderia falar de todos, por acaso, eu estava fazendo isso, mas são tantos! Imagina falar de mais 59 pessoas num só comentário em um blog? Seria muita coisa, mas o que eu queria realmente dizer é que eu admiro todos vocês, pelo o que são, Dome, Dani, Fani, Manda, Gabi, Fabigol, Acosta, Gui, L. Gui, Caboclo, Cecí, Rê, Lari, Luri, Ari, Matheus, Ana, Edu, Honda, Zeit, Gus, Vitão, Lu, Paula, Li, Camis... Enfim, todos...

Mesmo sendo uma emo anti-social, eu respeito todos, adoro a todos e tenho certeza que essa classe inteira se tornará a melhor classe de Jornalismo que o Mackenzie já viu, com profissionais, homens e mulheres de família, ou feministas que nem eu (minoria, eu sei), inteligentes, bem informados (tirando o Caboclo), amigos e sempre... Não importa o que, SEMPRE UNIDOS!

Agradeço pela última vez nesse post o momento que tive com todos, a amizade e o companheirismo, as festas e os barzinhos de sexta.

Vou postar isso agora, mesmo ainda em semana de prova, senão fico ansiosa e leio e releio mil vezes para ver se posso colocar mais coisa.

Obrigada por terem feito o meu ano, um ano incrível!

Beijos e abraços,

Da Autora.

Juliana A. M. Monteiro.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

O Samba

40ª postagem! Que honra, hem? Pois então, parece que minha criatividade ultimamente está ao meu favor! Semana estressante, considerando que eu naturalmente sou estressada, não aguentava mais. Enfim, hoje pelo menos melhorou, fim de problemas, ou melhor, parte deles!

O que importa é que graças a isso tive a sorte de ter a idéia de criar outro conto, graças a bateria da faculdade e ao momento que eu desisti de minhas havaianas para sambar livremente na porta de minha faculdade (nunca fui uma pessoa normal).

Espero que gostem do conto, algo fictício porém real.

Beijos e abraços.

Da Autora.


- O samba -

O som da bateria invadia a rua, deixava aqueles batuques, toques e sons diferentes fluírem por todas as casas, prédios e lojas. Ela passava pela rua e buscava da onde vinha o som tão delicioso, que fazia seu coração batucar na mesma intensidade que a bateria daquela escola.

Parou no meio da rua, com suas havaianas e seu vestido curto, olhou em volta e encontrou aquelas pessoas coloridas, batendo em seus tambores, pandeiros e qualquer coisa que pudesse formar um som intenso. Pouco a pouco foi se aproximando, largando um pé de sua havaiana marrom, logo após o outro, deixou suas coisas perto de um prédio, todas as sacolas, bolsas e objetos.

Em pouco tempo estava em volta dos homens alegres, ela não os conhecia, eles também não, no entanto a música não procura conhecidos, ela procura amantes. A mulher começou a seguir o ritmo da música, mesmo que não soubesse os paços do samba, mesmo que em toda sua vida ela tivesse escutado as batidas fortes de um rock n' roll pouco respeitado. Ela se deixou levar.

Seus pés iam por todos os lados, seguindo o ritmo, amando o batuque, ela fechava seus olhos castanhos, soltava seus cabelos e balançava os braços, rapidamente aprendeu a facilidade do samba, seu coração conhecia as notas, os paços, sabia onde devia seguir, como devia seguir, seus pés lhe ensinaram a sambar.

Um homem que tocava o tambor a olhou, um sorriso branco no rosto lhe cativou, ela finalmente abriu os olhos e encontrou o homem lhe observando, este lhe pediu para se aproximar mais.

"Por que está descalça?" ele lhe perguntou em um grito, como o barulho impedia uma comunicação silenciosa. "Porque meus pés pediram liberdade, queriam sentir o chão e poder se mover sozinhos", ela lhe respondeu rindo livremente. O homem sorriu achando graça do modo estranho da mulher se comunicar, como se seus pés tivessem vida própria. Logo após tirou o grande tambor de si e entregou para a mulher, "se seus pés lhe obedecem, veja se suas mãos, braços e dedos fazem o mesmo".

Ela se espantou, achando difícil de conseguir aquele feito, mesmo assim aceitou, colocou em seu ombro o apoio do tambor, se ajeitou direito e escutou a música, seu coração batucava, tocava e sentia, seus pés ficaram quietos, ajudando a moça a se concentrar somente em seus toques, em seus dedos e mãos.

O homem ficou surpreso quando a viu seguir a música, tocando perfeitamente, entendendo os batuques, entendendo os gritos e apitos, ela, sem querer, havia se tornado parte daquela bateria.

Ainda tanto sem propósito, ela sentia que seu corpo, mente e alma, amavam aquilo. Não amavam exatamente o samba, mas amavam a música, amavam o sentido que esta lhe dava, o toque suave ou o toque barulhento, o som calmo, o som movimentado. Pouco importava, o que era de importância era que sua vida estava sendo vivida naquele instante, como um sentido sem sentido, como um amor sem significado. Algo puro, algo eterno.