quinta-feira, 18 de outubro de 2007

O Sonho


Olá a todos, mais uma vez eu aqui. Fui rápida desta vez até!
Este novo texto é uma continuação do meu personagem, Marcelo, escrevi hoje de manhã, não sabia como continuar o texto depois que ele reencontrou a ex, mas achei um modo, bom... É isso, espero que gostem!

Beijos e abraços!


--- O Sonho ---

Marcelo acordou assustado naquela manhã de domingo, pela primeira vez não fora o despertador que havia o assustado, pois este ainda não tinha tocado. Fora um sonho, tão real que mal podia acreditar.

Pegou um Marlboro na escrivaninha, como sempre fazia ao acordar, seu Zippo na gaveta desta, acendeu seu cigarro com dificuldade, suas mãos suavam e, graças a isso, mal conseguiu riscar o isqueiro para acender seu cigarro. Depois de inúmeras tentativas, a cada uma revirando os olhos estressando-se, acendeu seu cigarro e deu uma forte tragada, tão forte que escutou o cigarro estalar. Ajeitou-se na cama, olhou para o teto e pensou “o que minha mente anda tramando? Por que logo ela?”.

Havia sonhado com a sua ex, que a beijara, ah, que sonho estranho! Eram cinco e meia da manha, e acordar a tal hora num domingo é inútil e desnecessário, no entanto sabia que não ia conseguir voltar a dormir, tinha medo de voltar a dormir e continuar o sonho que preferia não analisar.

Levantou-se num pulo, olhou para o seu celular, nenhuma ligação, o mesmo se repetiu na bina do telefone, mas afinal quem o ligaria a tal hora? Estava se tornando ansioso de mais, era só um sonho, nada de mais!

“Vou tomar banho” pensou em voz alta, tirar aquele suor do corpo talvez ajudasse a esquecer, limpar a alma, are o que costumava dizer, a sensação da água caindo em sua nuca, molhando-lhe os olhos fechados, aquele vapor penetrando a sua pele, tudo isso costumava ajudar quando se sentia confuso.

Com a toalha ainda enrolada na cintura, molhado, abriu a janela, ainda estava escuro, a lua não havia se escondido, o sol ainda não começara a aparecer. Sua rua estava deserta, nenhum carro, nenhum barulho. O vento batia-lhe o peito nu, jogando as gotas d’água para suas costas. Estava tão apreensivo que não se preocupou com pneumonias ou o frio que arrepiava-lhe o corpo.

“Vou telefoná-la”, fechou a janela, buscou uma calça jeans amassada sob sua poltrona, “o a que ela costumava sentar...”, revirou os olhos, não entendia mais nada. Sentou-se na poltrona, olhando para um quadro na parede, que ela havia lhe feito nos tempos de namoro, conforme ela, o quadro eram os dois se beijando, era tão bem feito que, ao terminar, optou em deixar o quadro onde estava.


Levantou-se para pegar outro cigarro, já tinham se passado três horas desde que acordara, conforme lhe informava a luz vermelha do rádio-relógio, lembrando-se que havia desligado o despertador no dia anterior. Acendeu seu cigarro, mais uma tragada, sentou-se na cama, e, enquanto o cigarro ia queimando, Marcelo ia adormecendo.


Ao acordar quatro horas mais tarde, esqueceu-se do sonho, e, conseqüentemente, de telefonar a ela.

Nenhum comentário: