segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Aos 17 - - Um auto-conhecimento

Olá a todos, a ponto de ter já a 24 horas meus 17, hoje, a que logo mais será ontem, escrevi numa madrugada tal texto, não sei oq eu dizer a respeito deste, deixo-o aqui para que o leiam, espero que gostem...

Beijos e até a próxima!

Pensei em escrever um poema, mas não sei se ainda sei fazer isso, não sei se ainda entendo dos sentimentos, se sei demonstrá-los em palavras, faço o que posso, mas não consigo mais rimas ou versos. Meu mundo transformou-se num mundo onde os textos vivem, quem um dia conseguir o dom de entrar em mentes alheias, se espantará ao entrar na minha, meus atos são descritos pelo meu cérebro, este eu imagino que seja uma grande máquina de escrever, é um mundo insano onde cada pensamento é introduzido ao modo literário, eu imagino que vivo a arte, que respiro a literatura, que vivo em função da escrita. Espanto-me...

Queria um dia transformar-me num nada, onde meus pensamentos não mais sonhassem, onde meu coração não mais se envolvesse em falhas paixões, onde eu nunca mais precisasse envolver-me num manto de razão, encobrindo o meu verdadeiro eu apaixonado. Saberia o nada, sonharia o nada, viveria o nada, era uma solução para o tudo que ando vivendo.

Imagino se existe alguém que viva somente a razão, que consiga apagar, ou simplesmente não a possui, a emoção. Se existe tal ser, não sei se o amaldiçôo ou se o abençôo. Luto minha vida toda para manter só essa parte racional de minha alma confusa, no entanto imagino como tal ser deve ser de difícil convivência, não tendo sentimentos para compartilhar, ou, como faço eu, escrever.

Sou um ser extremamente racional, no entanto absurdamente emocional, balancear tais características torna-se um ato difícil, complicado, a pouco não digo impossível. Ser alguém onde letras me perseguem, acolhem-me, onde vive uma constante busca por conhecimento, onde, no entanto, foge-se das pessoas, onde teme envolvimento. Esconde-se em um mundo de solidão de desconfiança constante, mato meu corpo, por meio de nicotina e álcool, mato minha mente, por meio do medo do contato social emotivo.

Buscar ajuda? Jamais! Não acredito que alguém que mal me conhece e é pago para me analisar possa me ajudar, se não busco ajuda aos que me conhecem, jamais pedirei aos que não. A única ajuda que busco é minha mente envolvendo-se com, como alguns nomearam, meu dom, um dom que aperfeiçoei com o conhecimento da solidão.

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