terça-feira, 2 de outubro de 2007

Amor e Ódio

Bom, fui até que rápida para postar deta vez, é que o texto já estava pronto, não tinha razões para enrolar deta vez... FIz este texto a pouco mais de dois dias... É uma reflexão sobre os extremos que uma pessoa passa, pelo amor e o ódio... Espero que gostem!


Beijos a todos, abraços!



Outra vez estava eu a folhar um dicionário, uma atitude bem estranha para muitos, até para eu mesmo, no entanto eu possuía um propósito. Fui logo a página 35, não sei como sabia que estaria em tal página, a única coisa que sabia é que estava logo ao começo, pois o que buscava começava com a primeira letra de nosso alfabeto, letra A.

“Amolecar, amolecer, amolentar, amolgar, amônia, amoniacal, amoníaco, amontoa, amontoar, ah... Aqui está ela! Amor”.

Amor (ô) s.m. (lat. Amor). 1. Sentimento que predispõe as pessoas a desejarem o bem de outrem, ou de alguma coisa: amor ao próximo, ao semelhante, aos animais, às plantas. 2. Devoção que se tem por outra pessoa ou divindade; adoração, idolatria: amor a Deus. 3. Interesse, gosto muito vivo manifestado por alguém, por uma categoria de coisas, por uma determinada fonte de prazer ou de satisfação: amor às artes, à natureza, ao esporte. 4. Afeição ou ternura entre os membros de uma família: amor maternal, filial. 5. Inclinação de uma pessoa por outra, de caráter passional e/ou sexual: é o amor que sinto por ela. 6. Relação amorosa: não estou interessado nos seus amores passados.

Não posso arriscar a dizer que esta é a descrição de uma palavra mais longa que já li num dicionário, pois, com certeza, deve ter outras palavras com significados tão longos e complexos quanto esta. Porém, depois de ler uma descrição tão detalhada, paro um segundo e penso: “não é o suficiente”, afinal, muitas vezes ouvi dizer que tal palavra não tem como ser descrita, mesmo assim o dicionário deu seu ângulo, sua idéia, talvez só uma ponta de tantos significados complexos que esta pequenina palavra pode possuir.

Diariamente caminho pelas ruas de São Paulo, escuto atenciosamente conversas alheias, não me arrependo disso, pois é assim que crio minhas estórias, minhas reflexões, pois tenho poucas experiências para passar ao papel. Nessas minhas caminhadas, reparo na quantidade de “Eu te amo” que escuto, pessoas usando essa palavra, desconhecendo seu significado real, sem ter parado nem um segundo de seu tempo para pensar se estava somente desperdiçando sua saliva. Um dia o amor tão falado torna-se ódio, em segundos!

Talvez esteja escrevendo isso pelo simples fato que já fui um dos que usava tal palavra em vão, e talvez volte a usá-la, porém com um pouco mais de cautela. A minha razão no exato momento domina minha mente, meu corpo, minha alma, pois não presencio nem ofereço afeto que me faça sentir algo que fuja a minha razão, sendo isso algo positivo ou não.

A paixão e o gosto confundem a mente, considero-os algo cruel, porque a minha própria mente sempre cai em tal armadilha, mesmo eu educando-a e treinando-a para não cair nos mesmos erros, meus esforços são inúteis. Pessoas que pouco refletiram sobre tal assunto caem com maior facilidade nas armadilhas, e pensam que amam a todos, mal sabendo que isso é um sentimento passageiro.

Os extremos são usados com tão pouca cautela que se torna perigoso. Reparem em quantas vezes você acaba escutando palavras como “Amor” e “Ódio” no seu cotidiano.

Volto a pegar o meu dicionário, folhando-o, página 544, letra O.

“Óculos, ocultação, ocultar, ocultismo, ocupação, ocupacional, ocupado, ocupante, ocupar, odalisca, ode, odiar, odiento, aqui... Ódio!”.

Ódio s.m. (lat. Odium). 1. Sentimento de profunda inimizade, paixão que conduz ao mal que se faz ou se deseja a outrem. 2. Ira contida, rancor violento e duradouro. 3. Viva repugnância; repulsa, horror. 4. Aversão instintiva, antipatia.

“Nem ao menos exemplo possui, Estranho, um oposto de algo tão detalhado ser tão pouco explicado...”.

Nenhum comentário: