domingo, 7 de setembro de 2008

Cansaço

Depois de um mês sem aparecer, finalmente retorno. Peço desculpas por esse mês, as coisas não andam muito fáceis para mim, felizmente somente no lado emocional, pois o racional continua intacto. Queria agradecer hoje, aos comentários, fiquei feliz por terem gostado de meus textos, isso me agrada bastante, é um incentivo imenso para continuar a fazer o que eu amo.

Esse próximo texto, na realidade é um poema, uma coisa que há tempos não fazia, talvez por falta de importância, ou simplesmente porque não me sentia sentimental o suficiente para escrever um poema.

Vou acabar escrevendo dois textos, um para explicar o poema, o outro com o poema, espero que tenham paciência.

Uma vida pacata sempre me irritou, talvez pela minha pouca idade, para quem não sabe, 17 anos bem mal vividos, eu ache tudo muito igual, ficar muito tempo num mesmo lugar, com as mesmas pessoas, sem novas experiências, isso me torna uma pessoa infeliz. Uma vez escrevi uma pequena frase, como muitos chamam, "emo" que era mais ou menos assim: "Infeliz por natureza, feliz por conseqüência", e, as vezes, é assim que me sinto de fato.

Eu procuro mudar o trajeto de meus paços, procuro fazer coisas novas, mas acabo voltando para o mesmo caminho. Amo uma pessoa, porém ela está parada e me faz parar junto. Eu gosto de ir, eu sempre tive um instinto de liberdade, de independência (falando isso logo no dia 7 e setembro), e quando paro, me sinto infeliz. Maior vontade, nesse momento, nesse semestre, é ir embora, largar tudo, pois sinto que nada realmente me prende num mesmo lugar, tudo dá-se um jeito. Infelizmente não posso fugir, não posso mandar tudo a puta que pariu e ir embora, por isso o poema.

Tenho outro que descrevo essa mesma sensação, desta vez em forma de conto mesmo, mas ainda não passei a limpo, por isso será minha próxima postagem.

Agradeço mais uma vez a atenção de todos, perdoe meu lado incrivelmente sentimental nesse momento, há de convir que nunca tinha assumido isso antes, não em minhas introduções.

Beijos e abraços,

Da Autora.


___________


Cansei de esperar

Minhas lágrimas não me aturam mais

Meus sorrisos sentem minha falta

Minha vida me chama com sua voz fraca.

Talvez já seja a hora

Uma hora um pouco tarde,

Um momento que totalmente já se passou

Esqueci de olhar para frente

Mantive-me intacta no mesmo lugar

Minha única esperança era te encontrar.


Cansei de morrer a cada segundo

Meu coração se cansou das amarguras

É um caminho sempre estranho!

E eu já caminho nele há tanto tempo...

Eu estava meio confusa, agora as coisas clarearam.


É um cansaço, aquele de impasse

Eu tinha me esquecido que o vento não é soprado pelos seus lábios.

Eu tinha deixado de respirar.

Foi como um grande suspiro puro, meio ardido

Esperar todos os dias, era cansativo.

Não encontrar nada, todos os dias, mais ainda.


Hoje eu me prometi algo,

Eu não vou mais pensar,

Não mais em você.

Eu não vou mais esperar,

Fiquei muito tempo sem me mover!


Eu sou um pássaro,

Gaiolas não são minha casa

Eu sou livre...

Grades imaginárias me cansaram.

Indecisões me cansaram.


Quanto tempo demoraria?

Até que você notasse?

Até que você me tomasse?

Decidisse?

Amasse?

Compartilhasse?


Voltamos à estaca zero e eu odeio regressar.

Eu me movo, caminho, vivo.

Quando você decidir e reparar,

Não vou mais estar...


Os planos se foram

O meu coração também.

E “que seja infinito enquanto dure”.

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