quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Entre Vodkas e Tequilas

Eu jurava que fazia muito tempo que não postava aqui, porém vejo que não faz tanto tempo assim, para ser mais sincera, faz muito pouco tempo...

Queria desta vez começar com algo mais completo, sem ser tão direta "oi/tchau/texto"... Estava eu andando na rua, voltando para minha moradia, com a mochila nas costas, cansada e suada, imaginando por que diabos comecei a gostar de escrever, enquanto crianças normais ficam jogando video-game, eu conhecia o Word, e escreia a estoria (eu sei que estoria não existe mais, mas não pretendo parar de usá-la) de um ursinho panda e de sua família feliz... COm os meus 11 anos de idade comecei a dar andamento ao meu primeiro livro, que rende até os tempos de hoje, depois de 5, quase 6 anos, com os meus 14 outro livro em andamento, e poemas diversos, reflexões, com os meus 15 conheci os contos, e minha vida literária vem até hoje, com os meus quase 17 anos, sou nova, eu sei... O engraçado é que me falavam quando eu era criança: "para escrever tem que ler" porém meu gosto pela leitura só veio com os meus 14 anos de idade, anteriormente apreciava só escutar as histórias, imaginar, minha mãe podeira ficar horas a fio me contando estórias sobre a mitologia grega, persa, troiana, etc., e eu continuava acordada, ao lado dela, vendo as figuras...

Sinto pena de quem lê isso, se é que alguém lê... pois além deste blá blá blá todo ainda pretendo deixar um texto, pequeno, porém grande (hahahaha)

Bom, lá vei o texto, e a explicação rotineira, esse fiz pensando na rotina de um amigo meu, foi muito elogiado no Saral que fiz no sabado em minha casa, espero que gostem...

Entre vodkas e tequilas

Marcelo não sabia se fora o barulho repetitivo do rádio-relógio tocando ou foi dor de cabeça perfurando seu crânio que o fizera acordar, no entanto viu-se obrigado a levantar. Tateou em busca de seu maço de Marlboro na escrivaninha ao seu lado, e o seu Zippo na gaveta desta, Pegou um cigarro com o polegar e o indicador direito, e com o esquerdo manuseou o isqueiro, acendeu seu cigarro, deu um grande trago e sentiu a nicotina entrando pelo seu pulmão, aliviando até a dor de cabeça, era certo que esse alivio era psicológico, mas funcionava sempre.

Uma vez escutou de sua ex-namorada o comentário “Nada melhor do que começar o dia com um câncer de pulmão”, ele não respondeu nada, simplesmente deu um leve sorriso com o canto da boca, e ignorou. Pensando a respeito, concordava com a frase, mas tirava o tom irônico e a parte de que ela havia insinuado que ele ia morrer graças ao cigarro, há mais de dez anos que ele não sabia o que era acordar sem um cigarro para tragar.

Com o cigarro ainda aceso, olhou para o seu rádio-relógio para ver as horas, 6 horas e 05 minutos da manhã, respirou fundo, virou os olhos, fechou-os e se sentou na cama. Não se recordava de nada do dia anterior, a única coisa que lembrava era de ter conhecido uma garota de cabelos pretos lisos e bem cortados, pele clara e olhos verdes, realmente linda, a convidara para beber, beberam algumas vodkas, outras tequilas, e o resto era uma névoa.

Bocejou levemente, pensando ainda se não teria feito nenhuma bobagem, porém não teve tempo de pensar muito nisso, logo após sentiu uma mão delicada tocar-lhe as costas, olhou para trás assustado, “Ai meu Deus...”, reconheceu a garota sendo a do dia anterior, talvez com os cabelos mais bagunçados, com a maquiagem um pouco borrada e praticamente sem roupa alguma, sendo ainda mais linda nua do que vestida, mas sem dúvida era a mesma garota, “Oi meu lindo! Não sabia que você acordava tão cedo, não quer voltar para cama não?”, seu único pensamento naquele momento foi, “Eu nunca mais bebo...”.

O final da história já é previsível, mais a noite, depois do trabalho cansativo, Marcelo, com o cigarro dependurado nos lábios, anda a caminho do boteco ao lado, para beber umas vodkas e outras tequilas...

Nenhum comentário: