Até explicaria mais se não estivesse tão bodeada (enxaqueca dia inteiro).
espero que gostem.
beijos e abraços, da autora.
-- Um romance desses de cinema --
Depois de anos de espera, finalmente seria recompensada. Uma mulher de cabelos curtos e negros, vestida em um vestido laranja que lhe caíra perfeitamente bem, mostrando cada curva existente em seu corpo, esperava ansiosamente no setor de desembarque do aeroporto de Guarulhos, São Paulo, o vôo era o “931”, vindo de Londres, e estava finalmente em território Brasileiro. Aquela mulher não sabia exatamente o que esperar ou o que fazer, já tinham se passado cinco anos que esperava por aquele momento.
Quando ele a avisou do seu plano de finalmente encontrá-la, seria a primeira vez em cinco anos, o rosto daquela mulher se encobrira de lágrimas. Foram cinco anos de planos, cinco anos de cartas, cinco anos de emails, cinco anos de telefonemas, era como esperar o prêmio de sua vida, o momento principal, talvez fosse a melhor comparação para quem espera para encontrar o maior amor de sua vida.
O vôo era para chegar em meia hora, ela estava lá fazia duas horas, quando finalmente ouviu a voz de uma mulher avisando que o avião havia aterrisado, sentiu seu coração pular mais forte, suas mãos estavam tremendo e suando frio, a ansiedade dominava seu corpo. Provavelmente demoraria mais meia hora até todos os passageiros desembarcarem e pegarem suas bagagens, aquela seria a meia hora mais longa de sua vida.
Quando o viu saindo pela porta de desembarque, quando finalmente seus olhos se depararam com aquele homem, as lágrimas começaram a escorrer de seu rosto, sem muito pensar saiu correndo em direção ao homem que segurava somente uma pequena mala de viagem, sem reparar para onde estava indo, começou a derrubar qualquer pessoa ou objeto que se manteve em sua frente, eram malas alheias voando para todos os lados. Abraçou-o quase o sufocando, quando finalmente o soltou, olhou em seus olhos e finalmente o beijou, o primeiro beijo, era intenso e apaixonado, pressionando os lábios do homem mais forte, tirando qualquer ar que pudesse existir, quando separaram seus lábios só conseguiram dizer as três palavras, “Eu te amo”, falaram ao mesmo tempo e se beijaram mais uma vez.
Ele acariciou seus cabelos negros, passando os dedos por entre os fios lisos, ela tocava com carinho seu rosto, sentindo cada curva e cada detalhe daquela pele macia que finalmente podia ser sua. Mais uma vez um beijo, mais uma vez um abraço, mais uma vez algumas lágrimas, mais uma vez um sonho...
***
Catarina acordara chorando, com sua camisola laranja de seda, outra vez havia sonhado com o que não havia acontecido, olhou para o lado direito de sua cama de casal e não viu nada nem ninguém, quando tristemente virou-se de volta para frente, abraçando seus joelhos, viu Carl com uma xícara de chá em cada mão, aquilo não fora um sonho, mas sim a lembrança da primeira vez que o vira, há dez anos atrás, mesmo com o tempo ainda acordava aflita e assustada toda noite pensando que aquilo não se passara de um sonho, um romance inventado pela sua mente, um filme bom.
Mas sempre o via em seu lado, não era um filme e sim a realidade, talvez houvesse romance na vida real, talvez os filmes e livros não fossem somente invenção, e Catarina era a prova disso.
***
Julia vê as luzes da sala de cinema se ascenderem, se levanta calmamente e sai em direção a porta, vendo o céu com vestígios de chuva, recorda as cenas daquele filme que acabara de ver. Estava emocionada e triste, filmes românticos sempre causavam esse efeito nela, sempre pensava que aqueles romances de cinema pudessem ser verdade, que como Cat e Carl pudessem ser real, “mas essas coisas são feitas só para filmes”, murmurava finalmente e acendia seu cigarro enquanto andava de volta para casa sentindo as gotas d’água pingarem em seu corpo.
Um comentário:
A LUZ QUE TE DEIXO É DA COR DA MINHA VIDA...)
Gostei de ler:)
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