quarta-feira, 10 de junho de 2009

Walk all Over you

Olá a todos, em véspera de viagem universitária, cá estou eu só para deixar um presentindo que pensei MUITO antes de postar. É o seguinte, meus queridos leitores (se é que realmente existe algum) este texto eu escrevi faz algum tempo, na realidade, a idéia eu crio desde meus 12 anos de idade, pelo que me lembro, tentei escrever um livro mas imagine o quão precário foi um livro escrito aos 12 anos.

É americanizado, infelizmente. A personagem se chama Jane Cast e ela é simplesmente uma lunática de carteirinha, mas é uma personagem que eu realmente tenho prazer e carinho de tê-la para mim.

Esse seria, basicamente, a introdução do livro que pretendo fazer ainda dela, mais completo e adulto, penso eu, mas ainda muito doente. Acho que vou provar minha idéia quando lerem, a maioria dos homens acabam o texto com dor, muita dor! Hahaha.

Beijos e Abraços,

Da Autora.

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Era somente um beco escuro de Los Angeles, se não fosse pelo fato de uma garota saindo correndo, chorando, desesperada... Uma combinação que chamaria atenção de qualquer pessoa, ainda mais da que estava passando por aquela rua.

Jane olhou para o beco, sorriu ao ver um homem de calças arreadas, mostrando aquele seu pênis, era melhor ele aproveitá-lo enquanto ainda o tinha, pensou ela. Um de seus bebês se aconchegava em seus dedos, um dos dedos próximo do gatilho, sua CZ 75, uma delas pelo menos, hora de bancar a justiceira.

Jane caminhava calmamente, se aproximando do homem, seu sorriso podia ser visto na escuridão, seus olhos eram escondidos por um óculos, mesmo sendo noite, óculos escuros grandes que contornavam todo o caminho para seus olhos, no olho esquerdo podia ser visto as duas pontas de uma cicatriz, que sem os óculos podia ser vista, cobria verticalmente o meio de seu olho esquerdo, começando na sobrancelha, terminando no começo da bochecha.

Ela começou a cantar, a música não saíra de sua cabeça o dia inteiro, agora ela sabia porque, destino. Nancy Sinatra, “These Boots are goona walk all over you”, ela cantava baixo, iniciando a música, “You keep saying you've got something for me...”, enquanto ela canta, finalmente o homem a repara, um homem sujo, tinha uma barriga que provavelmente era de tanto beber, seus dentes eram podres e seus olhos amarelados, ele olhava para Jane irritado, surpreso.

“Quem é você? O que faz aqui?”, tantas perguntas, tantas perguntas desnecessárias, tantas perguntas que não seriam respondidas, ela queria logo escutar outro tipo de perguntas, ou melhor, de gritos...

“You've been messin' where you shouldn't have been a messin'... Você acredita em destino?” pergunta Jane, era hora de brincar.

“você está louca? Ah, mas vêm aqui... Posso lhe mostrar o destino que quiser...”, ótima afirmação, Jane riu, aquilo estava ficando divertido. “and now someone else is gettin' all your best... Com certeza, você já me mostrou”, Jane aponta a arma, não atira imediatamente, queria que ele notasse a arma em sua mão, era mais divertido com um pouco de desespero no olhar. “O que você quer? Não aponte isso para mim! O que eu fiz?”, ah... Francamente, esses homens, assumam seus erros, maldição! Jane fez uma careta, olhando fixamente em seus olhos agora séria e um pouco irritada.

Foi somente um tiro, o resto seria físico, um tiro na virilha, o homem caiu no chão e começou a urrar de dor, isso sim era vida, era simples sua teoria, sentir a vida perdendo seu espaço nos olhos de alguém e renascer nos olhos de outra pessoa, essa pessoa era Jane, o corpo de um aproveitador é feito para ser comido por vermes, nem mesmo a terra merecia tal pessoa, a terra era pura, aquele homem era imundo.

Jane chegou perto do homem, enquanto ele tentava fugir dela, ela guardava sua arma no cós da calça, agora era físico. Puxou o homem pela gola da camisa, levantando seu corpo, pressionando contra a parede, deu um soco com sua mão livre no rosto dele, sentindo o sangue pular de sua boca, sujando os óculos de Jane. Mais uma vez ela o jogou ao chão.

Agachou-se em seu corpo, chegando próximo de seu rosto, seus lábios falavam próximos do dele, “destino, eu acredito em destino, quando acordei o destino me chamou... Olha, eu quase podia escutá-lo dizer, ‘Jane, essa música tem significado, Jane, passe por essa rua, Jane... Divirta-se’, o destino sempre me seguiu e eu sempre o abracei... Você acredita em destino?”. O homem a olhava assustado, não sabia quem era aquela mulher, “Uma vez o destino me pôs num caminho, eu nunca ousei sair dele, você é um animal sujo, eu limpo essa sujeira da terra, e o sangue é a água...”.

Jane voltou a se levantar, olhando para baixo, os homens eram nojentos, tão valentes na hora de se aproveitar de mulheres, tão covardes quando encontram uma que pode acabar com a sua raça, aquilo realmente era repugnante. “O refrão da música era assim:” Jane voltou a cantar, “These boots are made for walking, and that's just what they'll do”, a cada letra ela pisava no estômago daquele homem, com força, ele sentia vontade de desmaiar, de vomitar, Jane arrastou seu coturno para o pescoço do homem, massageando com a sola de seu sapato.

“One of these days... these boots... are gonna walk all over...” Jane pressiona com força o seu pé sobre o pescoço do homem, torce com força e escuta um estalo, morto. “you...” a música sumiu de sua mente, Jane olhou para o corpo daquele homem apodrecendo ao chão, cuspiu em sua face, pegou de volta sua arma e atirou em seu pênis.

“Grand finale”, sussurrou ela enquanto saía do beco, andando em passos firmes e calmos, tirando seus óculos e limpando o sangue na barra de sua regata preta, o destino nunca pregava peças.

2 comentários:

Elias inCoke disse...

esta tua viagem universitária trouxe um leitor pra cá, que por sinal, está de cara! =)

só um comentário bobo, para um homem não sentir tanta dor no fim como vc disse... basta perceber que não tem homem nenhum aí no texto, tem um animal só.

seja bem vinda ontem hoje e amanhã!

Chenilla disse...

Ju!
Amei a personagem.
Estou ansiosa para ler a saga dela!
beijooo