sexta-feira, 18 de julho de 2008

Amor, amar, amando, amado

Estou me sentindo terrivelmente repetitiva! Já são meses em que posto dois textos por mês, isso não pode estar se virando rotina! É como se minha arte agora tivesse dia e hora marcada para acontecer, como as consultas, insuportáveis, diria eu, aos médicos que ao me olharem já falam que me odeiam (via telepatia).

Deixando as baboseiras para trás, eu estava perambulando por esse lugar lotado de pó, diria mais, totalmente esquecido! Vagava e vagava imaginando o que diabos poderia postar aqui, de textos velhos e não lidos, tenho muitos, de textos que eu considere bons para serem postados, nenhum!

Não que agora as coisas tenham mudado, mas sabe-se que o amor agrada as pessoas, por isso resolvi escrever, repentinamente, algo que envolvesse tal sentimento que, suponho eu, conhecer um pouco!

Não há tanto a falar, porém me prolongo nessas frases totalmente desnecessárias! Por isso parto-me e lhes deixo com o meu último (feito a menos de 10 minutos) aqui para agradar-lhes (talvez).

Beijos e abraços,

Da autora.

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--- Pode a vida ser tão insuportável que eu não agüente nem mais um segundo longe de você?

Como memórias de um romântico não assumido, declamo meus singelos sentimentos ao único grande amor. Amor é algo raro, uma antiguidade, um flerte eterno. Amor só existe um, como aquelas histórias que costumamos escutar em nossas vidas. Quando um homem (eu) olha com seus olhos cansados de tanto sofrer para uma mulher (ela), aquela doce e encantadora dama que lhe fascina com um simples sorriso torto em seu rosto, seus dentes tão brancos e brilhantes que lhe cegam sem avisar um momento se quer da tamanha luz. A luz que, já nos dentes lhe impressiona, se mostra ainda mais presente em seu coração, puro, reluzente, encantador.

Aquele velho romance inventado, a dama que só conhece um único olhar e esse olhar, diz ela, ser o seu. Há felicidade maior que isso? Escutar dos lábios doces de uma dama tão formosa que só seus olhos negros (normalmente sem brilho) lhe encantam de tal modo de ela aceitar ser desposada por você? Encanta-lhe o sentido de poder tocá-la e acariciá-la, o sentido e o coração?

Eu me encanto ao olhá-la, meus olhos negros, aqueles que citei serem sem brilho, agora sorriem e cantam ao encontrar aqueles lindos olhos claros, suas bochechas rosadas e seu sorriso fácil, seu corpo divino e seu toque aveludado. Como se um homem bruto, feito do campo, como eu me tornei, tivesse algum direito num corpo tão angelical quanto o dela.

Doce e encantadora, sonhadora e feliz. Essa é a luz que eu vivo desde o dia que a encontrei, desde o dia que as gotas de água que eram derramadas pela chuva pararam repentinamente, ficaram sem movimento, como se o mundo parasse no momento em que olhei aquele anjo, lindo e magnífico anjo.

"O que faz um anjo como você longe do céu?", lhe perguntei, "como Deus pode lhe pôr em terra, lhe expor a tal perigo de me conhecer e que eu, a partir de agora, jamais possa deixar de olhá-la uma única e sutil vez?", ela não me respondeu, simplesmente me ofereceu sua risada leve e deliciosa, como os cantos de um lindo rouxinol. Entreguei-lhe um girassol, para muitos prova de pouco amor, afinal a flor destinada para o amor sempre foram as rosas.

Aquele anjo agradeceu, "a grandeza e a beleza dessa flor demonstram o tamanho afeto que tive pelo estranho" disse-me, sua voz era tão suave quanto seu riso, que magnífico som! Que forma mais esplêndida de escutar uma sinfonia! Quem precisava de música quando havia aquela voz para que eu pudesse escutar? O que eu precisava era escutá-la todos os dias.

Quando o mundo voltou a andar e a chuva a cair, eu sorria tontamente para aquela mulher que me olhava encharcado e me pedia abrigo, encolhemo-nos debaixo de uma quitanda, o som da água batendo no plástico que cobria nossas cabeças e as frutas, me deixava surdo, impedia-me de escutar a voz encantadora daquela musa. Ela girava o girassol em sua mão, olhando cada pétala amarela como se fosse única, minha felicidade foi de tal tamanho e soltei uma risada grossa.

Naquele dia, um verão comum em uma cidade comum, que me deparei com o anjo perdido, o meu único e eterno amor, pois o amor, meu caro, digo-lhe, o amor só existe um. E digo-lhe mais, não há busca pelo amor, o amor que lhe encontra e lhe envenena, seu eu racional morre e seu eu sentimental sorri, permanecendo sempre atento enquanto o amor reinar, ou seja, a eternidade. Não há sanidade perto do amor. Quando seu mundo parar, suas palavras se perderem e seu corpo começar a agir com tal naturalidade impossível, não tema, você foi infectado pelo doce aroma do amor.

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