quarta-feira, 5 de março de 2008

Análise

Pois é, estava demorando para que eu começasse a enrolar para atualizações, não me leve a mal, não esqueci esse espaço mal frequentado, simplesmente não tive tempo, nem paciencia, para por qualquer coisa nova por aqui.

Agora sou uma pseudo-jornalista, finalmente entrando na área que amo, agora cada dia é uma descoberta, o que é incrivel, tirando as aulas de Etica, que obviamente sempre discordo com a professora.

Esse texto que vou colocar aqui não é bem novo, mas também não teve ter menos de dois ou três meses de existencia, não tenho muito a dizer sobre ele, é uma analise meio louca de mim mesma, quem frequenta aqui pode perceber que adoro fazer analises, inclusive a minha própria pessoa.

Beijos e abraços, da autora.

-- Análise --

Nenhum escritor é normal, esse sempre foi meu ponto, é como para escolher algo do tipo para vida fosse já uma loucura, mas uma loucura que faço questão de possuir, se não escrevesse seria mais um num mundo lotado de gente normal, o que não me agrada muito.

Minha dificuldade de transparecer o que sou pessoalmente facilitou minha escolha, sou uma pessoa lotada de temores, mas nunca os deixo a mostra na vida real, só em palavras soltas. A arte é uma vida, não mais uma escolha, minha mente é uma maquina, não mais uma essência de um corpo lotado de veias, músculos, ossos.

Vivo uma vida pacata, por falta de escolha, transformo emoções e aventuras em letras, não consigo mostrá-los em atos, não que não queria, se fosse o que escrevo, provavelmente me divertiria bem mais, uma vida lotada de ações, correrias, paixões, poucas falhas, muitos acertos, mas a vida não é um livro, não é um filme, não são palavras.

As falhas serão sempre superiores aos acertos, isso não me incomoda, enquanto ainda exista papel e caneta no mundo, sinto-me feliz por ser alguém tão humano, tão errante. Meus sonhos se tornam realidade, uma falsa realidade, uma realidade compartilhada. Sinto como se meus olhos absorverem o que gostaria, sinto como se meus dedos se tornassem a fuga mais fácil para uma vida entediante.

Observo tudo, talvez seja o erro, graças a isso vejo o que não quero, graças a isso presencio atos indesejados, se soubesse que a vida seria tão complexa, talvez meu eu medroso não se mantivesse escondido durante tanto tempo, para ser sincera, ele está mais presente do que imagino.

O meu eu corajoso é falso, tão falso que tenho ódio, talvez perceba que não sou o que demonstro ser, se não percebesse não estaria escrevendo tais palavras. Talvez meu eu medroso seja menos real do que imagino, afinal se fosse tão real não teria a coragem de assumir o que sou ou o que penso ser.

Auto analises nunca foram meu forte, prefiro analisar outros, o que é um risco, torno uma psicóloga pessoal de companheiros e amigos, as vezes gosto desse trabalho não remunerado, mas as vezes as coisas não são bem assim. Poder ajudar, mas não achar ajuda, aquele lado mesquinho que sempre tive se revolta, por outro lado o meu lado mesquinho se mantém quieto pelo simples fato de quando ajudo alguém, indiretamente ajudo a mim mesma.

Há! Não... Não estou fugindo do que sempre disse da humanidade, não estou falando que ajudar os outros me ajuda, pois fiz uma "boa ação", longe disso, não acredito em "boas ações voluntárias", mas ao ajudar alguém com minhas análises, principiante me ajudo absorvendo os conselhos e analises que faço dos outros.

Ao longo dos anos você repara que não é tão original quanto imagina ser, você absorve tanta coisa dos outros ao seu redor que sua originalidade vai por água abaixo, você se torna partes.

As partes das pessoas que você considera úteis em sua vida se tornam suas, você se torna um vampiro da vida real, absorve o que quer, abstrai o que não quer. E tinha gente que achava que essas coisas não existiam!

Sua personalidade se transforma com uma freqüência absurda, em um ano você descobre algo novo sobre si, no próximo ano esse algo novo é abstraído e substituído por algo mais útil. Como Sherlock Holmes costumava pensar, meu cérebro é uma máquina, só coisas úteis se mantém nela, o que não me acrescentará nada é posto numa pasta e logo vai ao lixo. Mas no caso não é exatamente o cérebro, e sim sua essência.

Talvez esteja mostrando ainda mais minha insanidade escrevendo tais palavras, talvez esteja mostrando o contrário. Sempre tive a mania dos "talvez", provavelmente (mudei a palavra) seja pelo fato de nunca achar algo correto, tudo tem seus lados, não importa o que, duas opções, às vezes mais de duas, o que importa é que sempre existirão os "talvez".

Impressiono-me o quanto consegui absorver em tão pouco tempo de existência, não sei quando comecei essa mania de análise, tenho menos de duas décadas de vida e mesmo assim me espanto com gente que tem mais de quatro décadas de vida, porém não é nada do que deveria ser, nesse lado a sociedade se contradiz.

Já escutei que o quão velho você se torna, mais sabedoria absorve, se fosse isso não teríamos um analfabeto no comando de nosso país, se fosse isso nossos líderes já teriam chego a conclusão que algumas coisas estão erradas, mas mesmo assim precisam de pessoas com menos de duas décadas de vida para mostrar-lhes isso.

Opa, já envolvi política, não era meu ponto... Na realidade não sei meu ponto, escrever causa isso, quanto mais você marcar pontos no que pretende escrever, menos consegue escrever o que quer, sempre foge aos pontos principais e quando para finalmente para ler o que escreveu percebe que não saiu nada do jeito que você imaginava, mas saiu melhor. É um mistério, espero que isso não aconteça somente comigo, pois se sim tenho sérios problemas de concentração.

Um comentário:

Anônimo disse...

Oi tudo bem?
http://www.fotolog.com/objeto_/11523791

Essa foto vai te agradar, tenho certeza.
Gostaria de ler seu texto mas tem um texto de ética me chamando.
Beijos.