Beijos, até a próxima.
--- Amizade ---
Nunca imaginei que fosse uma boa amiga. Que minha presença fizesse diferença a alguém, ou que meus conselhos realmente aconselhassem alguém, ajudassem. Não, não que eu me ache uma inútil, desnecessária, simplesmente sou realista, nunca imaginei que fosse necessária. Como demonstro o que sou e o que sinto, isso é irrelevante, pois simplesmente não demonstro, são poucos e bons que conhece um Eu mais aprofundado meu, nem meus parentes mais próximos tiveram o desprazer de conhecer esse tal Eu que por aqui cito.
O que quero me referir de fato é no modo que passo meu companheirismo, minha amizade à frente. Não digo que temo, mas receio que o modo pelo qual trato os que estão em minha volta possa me prejudicar e prejudicá-los, não serei mesquinha, penso razoavelmente mais na parte em que digo que irá ME prejudicar, confesso.
"Mentira bondosa", minha infância inteira aprendi que mentir é errado, não importando os fatos, no entanto quando cresci um pouco escutei a "mentira para o bem", a típica "mentira para não magoar", é um absurdo! É paradoxal! Nos mandam não mentir, mas logo após nos dizem que temos que mentir em alguns momentos. Esse foi o meu grande erro perante o meu processo seletivo de amizades, eu sempre acabo na ultima lista de chamada pelo fato de não saber diferenciar a "mentira má" da "mentira boa", mentira para mim sempre foi mentira, não existe o lado positivo ou negativo.
Seria mentira dizer que não minto (gostei dessa frase, interessante!), pois ao longo de minha vida a inocência foi se perdendo, a voz de minha mãe me dizendo que eu não poderia concordar com a senhora quando ela se diz uma "velha acabada e pelancuda, olhe meus peitos caídos, que absurdo, não acha?!", tive que aceitar a mentira boa, mas não necessariamente entendê-la, até hoje minha mente ainda se pergunta "mas, afinal, se não quer saber a verdade, por que diabos perguntou?".
Agora você se pergunta "Mas que inferno! Li algo pensando que era sobre a amizade, e só vejo uma excêntrica falando sobre a mentira!", mas então, deixe-me explicar, pouco a pouco, não posso lhe dar tantas informações sem explicar cada uma delas, senão você não compreenderia meu ponto de vista real, entende?
É fundamental aprender a mentir, foi o que eu cultivei ao longo dos anos, as pessoas não querem escutar a verdade, querem escutar o que mais lhe agradam. E se você, assim como eu, não tem a capacidade de fazer a "mentira bondosa", então meu caro, divirta-se nesse mundo meio solitário, onde você encontra poucos como você, que não entendem essa mentira solidária, o resto do mundo, lhe prometo, não lhe compreenderá, não tão cedo.
Não pense que só porque eu não pratico a "mentira bondosa" que não peço que a façam comigo, você se engana. Mais uma vez digo que não serei mesquinha, assumo que prefiro escutar o que me agrada do que a verdade, a única diferença é que minha mente pensa no inverso.
Sim, cada texto que escrevo, você, meu caro leitor, repara o quanto eu sou excêntrica.
Nesse momento você se questiona "pensar o inverso?", exatamente, o inverso, imagine só, uma pessoa normal, que pratica a mentira solidária, quando não recebe a mentira solidária, além de ficar insatisfeita ainda se irrita com o colega que não a praticou, que saiu da normalidade de seu mundo, frustrada, faz alguma questão que não manter aquele contato, e nenhuma questão de entender o ponto de vista do dito cujo.
Agora imagine o inverso, uma pessoa que não pratica a mentira solidária, quando não recebe a mentira solidária também tende a ficar frustrada, no entanto é exatamente aí que se encontra o inverso: Faz alguma questão de manter aquele contato, e procura ao máximo entender o ponto de vista do dito cujo.
Imagino que você esteja entendendo como é complicado arranjar amigos e se sentir uma boa amiga nos dias de hoje...
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